Para entender como a DPOC se desenvolve, é importante entender como os pulmões funcionam. Normalmente, o ar que respiramos passa do nariz e da boca através das vias aéreas para os minúsculos sacos de ar do pulmão, chamados de ""alvéolos"". Nos sacos de ar, o oxigênio passa através das paredes dos sacos de ar para a corrente sanguínea. O dióxido de carbono passa na direção inversa, saindo da corrente sanguínea e de volta aos alvéolos, sendo então eliminado pela expiração.
A DPOC é causada pela inalação de gases e partículas irritantes ao longo de muitos anos. A causa mais comum é o tabagismo, embora a exposição passiva à fumaça (ou seja, fumo passivo) ou a inalação de outros vapores (por exemplo, incêndios internos sem ventilação, poluição do ar) também possam contribuir. Provavelmente, a suscetibilidade genética também desempenha um papel, o que significa que algumas pessoas têm maior probabilidade de sofrer danos nos pulmões quando expostas a irritantes, como a fumaça do cigarro.
Com o tempo, a inflamação nas vias aéreas torna-se crônica, e ocorre formação de cicatrizes nas vias aéreas e no tecido pulmonar (figura 2). Esse dano pulmonar torna mais difícil inspirar e expirar e torna mais difícil a passagem de oxigênio e dióxido de carbono pelas paredes dos sacos de ar.
Qualquer doença que interfira com o fluxo de ar para fora dos pulmões pode levar à DPOC. A maioria das pessoas com DPOC têm bronquite crônica e enfisema, assim como algumas também têm asma.