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Doença pulmonar obstrutiva crônica: entenda como a doença afeta o pulmão e suas causas

Condição se caracteriza por inflamação e estreitamento das vias aéreas dos pulmões

Saúde e Bem-Estar

9 de Julho de 2019

Doença pulmonar obstrutiva crônica: entenda como a doença afeta o pulmão e suas causas

Saúde e Bem-Estar -

A doença pulmonar obstrutiva crônica (frequentemente chamada de ""DPOC"") é uma condição na qual as vias aéreas dos pulmões ficam inflamadas, estreitadas e os sacos de ar são danificados. Fumar é a causa mais comum de DPOC.

À medida que os pulmões ficam mais danificados com o tempo, fica cada vez mais difícil respirar. Quando o dano é extenso, também pode haver dificuldade para os pulmões injetarem oxigênio suficiente no sangue e livrar o excesso de dióxido de carbono. Todas essas alterações levam à falta de ar e outros sintomas.

O termo DPOC também inclui bronquite crônica (inflamação dos brônquios, que causa tosse persistente) e enfisema (lesão dos sacos de ar).

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Fatores de risco

Fumar cigarros aumenta significativamente o risco de desenvolver DPOC. Até 80% das pessoas que desenvolvem DPOC têm histórico de tabagismo, de acordo com a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease.

Outros fatores de risco para DPOC incluem uma sensibilidade anormal e resposta exagerada a substâncias inaladas (chamadas de ""responsividade das vias aéreas"") e exposição ambiental (por exemplo, fumo passivo, poeira ou materiais orgânicos no local de trabalho, ou poluição do ar).

A DPOC pode ocorrer em famílias. Os fatores de risco genéticos para a DPOC incluem deficiência grave de alfa-1 antitripsina, uma proteína que protege os pulmões.

Sintomas

No início, a DPOC geralmente não causa sintomas ou apenas sintomas leves. Conforme a doença progride, os sintomas geralmente pioram. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Tossir e cuspir catarro (muco);
  • Chiado (um assobio ou chiado enquanto você respira);
  • Falta de ar, no início com atividade e, eventualmente (conforme a doença progride) em repouso;
  • Fadiga.

Embora os sintomas piorem gradualmente à medida que a DPOC progride, algumas pessoas também apresentam ""exacerbações"": é quando os sintomas aumentam mais do que o normal e podem exigir tratamento adicional por alguns dias ou semanas.

Diagnóstico

Para entender como a DPOC se desenvolve, é importante entender como os pulmões funcionam. Normalmente, o ar que respiramos passa do nariz e da boca através das vias aéreas para os minúsculos sacos de ar do pulmão, chamados de ""alvéolos"". Nos sacos de ar, o oxigênio passa através das paredes dos sacos de ar para a corrente sanguínea. O dióxido de carbono passa na direção inversa, saindo da corrente sanguínea e de volta aos alvéolos, sendo então eliminado pela expiração.

A DPOC é causada pela inalação de gases e partículas irritantes ao longo de muitos anos. A causa mais comum é o tabagismo, embora a exposição passiva à fumaça (ou seja, fumo passivo) ou a inalação de outros vapores (por exemplo, incêndios internos sem ventilação, poluição do ar) também possam contribuir. Provavelmente, a suscetibilidade genética também desempenha um papel, o que significa que algumas pessoas têm maior probabilidade de sofrer danos nos pulmões quando expostas a irritantes, como a fumaça do cigarro.

Com o tempo, a inflamação nas vias aéreas torna-se crônica, e ocorre formação de cicatrizes nas vias aéreas e no tecido pulmonar (figura 2). Esse dano pulmonar torna mais difícil inspirar e expirar e torna mais difícil a passagem de oxigênio e dióxido de carbono pelas paredes dos sacos de ar.

Qualquer doença que interfira com o fluxo de ar para fora dos pulmões pode levar à DPOC. A maioria das pessoas com DPOC têm bronquite crônica e enfisema, assim como algumas também têm asma.

Diferenças entre bronquite crônica, enfisema e asma

Bronquite crônica é o termo usado para descrever pessoas que têm uma tosse crônica (de longa duração) que produz expectoração, que é resultado de uma inflamação brônquica. Essa condição é frequentemente observada em pessoas que fumam cigarros. A bronquite crônica pode causar cicatrizes nas vias aéreas e reduzir o fluxo de ar.

Já enfisema é o termo usado para descrever danos aos sacos de ar no pulmão. Esse dano também pode restringir o fluxo de ar.

A asma também é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Os gatilhos para essa inflamação incluem a exposição a alérgenos inalados, irritantes respiratórios e infecções virais. A inflamação leva a episódios intermitentes de respiração ofegante, falta de ar, aperto no peito e tosse, principalmente à noite ou de manhã cedo.

Para pessoas com asma, o tratamento geralmente é bem-sucedido na reversão da inflamação e no estreitamento das vias aéreas. Em uma minoria de pessoas com asma, a inflamação crônica restringe permanentemente o fluxo de ar. Quando este estreitamento das vias aéreas não pode ser completamente revertido com o tratamento, diz-se que a pessoa tem DPOC.

Referência

Fonte: Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque, Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

Responsável pelo Conteúdo:

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Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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