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Tudo o que você precisa saber sobre deficiência intelectual

A deficiência intelectual é caracterizada pelo QI abaixo de 80 e por dificuldades de aprendizado, linguagem, comunicação, pensamentos abstratos, habilidades de comunicação e social, pensamentos lógicos, entre outros. Confira no GNDI.

Saúde e Bem-Estar

28 de Maio de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Tudo o que você precisa saber sobre deficiência intelectual

Saúde e Bem-Estar -

A deficiência intelectual é caracterizada por um conjunto de déficits cognitivos; não se limita à dificuldade de aprendizado: a pessoa com essa condição pode apresentar dificuldades de linguagem, de comunicação, ter pensamentos abstratos e faltar habilidades de comunicação e social ou organização de pensamentos lógicos.

 
 

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Deficiência intelectual é o mesmo que doença mental?

Embora tenham sido usadas como sinônimo por muitos anos, a deficiência intelectual e a doença mental são pontos distintos. A psiquiatra do Grupo NotreDame Intermédica, Gabriela Gaia, explica que a deficiência intelectual é um transtorno ligado a condições genéticas ou outros fatores que ocasionaram alterações no desenvolvimento cerebral da pessoa no período intrauterino, no parto ou nos primeiros anos de vida: “Não é uma doença, mas diz respeito ao desenvolvimento que ocorreu de maneira diferenciada, manifestando-se necessariamente até os 18 anos de vida”. Já as doenças mentais são alterações anormais de ordem psicológica ou mental.

Principais causas para o déficit cognitivo

“Diferentes condições que levam a uma lesão no sistema nervoso podem ter como consequência uma deficiência intelectual”, afirma Clarissa Bueno, neurologista do Grupo NotreDame Intermédica. A paralisia cerebral é uma delas – dependendo da área do cérebro atingida pela lesão, a pessoa pode ter um déficit cognitivo. “Se o indivíduo sofreu um acidente, teve um atropelamento nos primeiros anos de vida, uma lesão do sistema nervoso, isso pode ter como resultado uma deficiência intelectual”, explica.

Um sinal de alerta pode ser o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: alguns destes pacientes podem ter uma deficiência intelectual mais acentuada; outros podem ter também dificuldade motora. Mas, segundo a neurologista, a Síndrome de Down é uma das principais causas: “quase todos os indivíduos com Síndrome de Down têm deficiência intelectual”.

Sinais e diagnósticos

A deficiência intelectual geralmente é diagnosticada a partir dos cinco anos, idade em que a maioria das crianças começa ir à escola e tem atividades de aprendizado. “É um conjunto de habilidades que a criança não adquire em uma idade em que as outras crianças estão aprendendo. Por exemplo, não saber reconhecer cores, letras, nomes de outras pessoas ou partes do corpo. Apresentar dificuldade de compreensão de atividades à medida que ela vai crescendo são sinais de alerta”, exemplifica a neurologista.

A especialista conta que são aplicados testes para descobrir o QI da criança: “quando você tem um QI abaixo de 70, você teria alguma deficiência intelectual. Dependendo do valor do QI, pode ser uma deficiência intelectual leve, moderada, grave ou profunda”.

Terapias e tratamentos

É importante que haja um tratamento adequado desde o momento do diagnóstico, para aumentar a qualidade de vida e a autonomia da criança, como explica Gabriela: “quanto mais cedo a gente inicia, melhor é para o paciente. O cérebro dele ainda está em desenvolvimento e isso o ajudará muito a desenvolver habilidades”.

Para a fonoaudióloga do GNDI, Cristina Andrade, alguns tipos de deficiência intelectual podem afetar, também, as interações sociais, como é o caso da Síndrome de Down. Por isso, explica que o tratamento com uma equipe multidisciplinar pode ser a melhor solução: “precisamos trabalhar em conjunto para obtermos resultados – principalmente quando existe uma síndrome indefinida ou não se sabe, ao certo, a causa dessa deficiência”.

Segundo Cristina, o acompanhamento familiar também é fundamental. “Temos de instrumentalizar a família para que essa comunicação alternativa possa nos ajudar a conduzir o paciente para uma independência. Afinal, como vou propiciar que esse paciente se comunique melhor se ele passa 40 minutos no consultório e 24 horas por dia em casa? Precisamos que a família o ajude a treinar”, explica.

Conheça o Núcleo de Terapias Integradas ABC

As terapias servem, de acordo com Clarissa, para que o paciente possa obter o melhor potencial possível. “Um trabalho de terapia ocupacional pode ajudá-lo a adquirir independência nas atividades diárias e o auxiliará no aprendizado. Já o trabalho da psicopedagoga é bastante importante, pois é quem fará a avaliação inicial e orientação dos professores e de um programa de inclusão escolar”, indica. A neurologista conta, ainda, que o trabalho de fonoaudiologia também pode auxiliar, caso o paciente tenha alguma dificuldade na fala, o que é muito frequente.

No Núcleo de Terapias Integradas ABC, clínica dedicada ao tratamento de crianças com transtornos do desenvolvimento infantil do Grupo NotreDame Intermédica, os pacientes contam com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. O objetivo é atender pacientes de dois a 16 anos para identificar as condições de forma precoce e iniciar tratamentos e adaptações o quanto antes para melhorar a qualidade de vida da criança.

A Unidade fica localizada em São Bernardo do Campo e conta com diversos tipos de terapias, tais como Método de Análise do Comportamento Aplicada, terapias com PECS, TEACHH, terapia de cabine, musicoterapia e muitas outras.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração da neurologista do Grupo, Clarissa Bueno; a fonoaudióloga, Cristina Andrade; e a psiquiatra, Gabriela Gaia.

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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