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Entenda: Transtorno do Estresse Pós-Traumático

Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com Transtorno do Estresse Pós-Traumático anualmente no Brasil. Confira no GNDI!

Saúde e Bem-Estar

23 de Julho de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Entenda: Transtorno do Estresse Pós-Traumático

Saúde e Bem-Estar -

Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com Transtorno do Estresse Pós-Traumático anualmente no Brasil. Após passar por um evento traumático, um indivíduo pode desenvolver o distúrbio mental muito confundido com síndrome do pânico e crise de ansiedade.

 
 

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O que é?

O Transtorno do Estresse Pós-Traumático, ou TEPT, “é um transtorno psíquico que se desenvolve na sequência da exposição de um indivíduo a uma situação potencialmente danosa e/ou geradora de um trauma psíquico”, explica o Dr. Hercilio Pereira de Oliveira Junior, psiquiatra do GNDI. Exemplos dessas situações são assaltos, acidentes e situações violentas no geral, inclusive casos de estupro. O paciente pode tanto ter sido a vítima desses acontecimentos quanto um espectador ou testemunha. Após o episódio, os sintomas do TEPT podem aparecer dentro de um mês ou até um ano depois, que seriam as situações de manifestação tardia.

Sintomas

De acordo com o Dr. Hercilio, existem três grandes sintomas associados ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático:

1. Lembrança recorrente da situação traumática: isso pode acontecer por meio de sonhos e/ou pensamentos involuntários e frequentes ao longo do dia, que causam sofrimento. Pode, também, ocorrer pelos chamados flashbacks, em que a pessoa sente como se estivesse revivendo o evento traumático;

2. Esquiva: o indivíduo desenvolve comportamentos para evitar se deparar com situações que se assemelhem ao evento traumático. Por exemplo, evitar locais, pessoas e tarefas cotidianas como simplesmente sair de casa;

3. Hipervigilância: este é um estado de alerta e ansiedade constante. A pessoa se mantém atenta a possíveis riscos ou recorrências do evento traumático. Esse quadro pode causar insônia e irritabilidade.

A associação destes três grandes grupos de sintomas afeta a funcionalidade do indivíduo, impossibilitando que leve uma vida plena, impactando todos os aspectos da sua vida.

Além disso, o TEPT pode vir acompanhado de sintomas fisiológicos associados aos três principais sintomas expostos acima e incluem taquicardia, sudorese, tonturas, entre outros.

Diagnóstico

Para que seja realizado um diagnóstico é necessário esperar quatro semanas após o evento traumático para que os sintomas possam aparecer e o quadro possa se firmar. Durante este período, a ajuda especializada de psicólogos e/ou psiquiatras ajuda a monitorar o paciente e oferecer suporte durante a fase mais aguda do trauma.

Geralmente, os sintomas se manifestam de dois a três meses após o evento traumático, salvo em situações de manifestação tardia em que podem aparecer um ano depois. Este também é o período médio em que os pacientes costumam buscar ajuda especializada.

O que diferencia o diagnóstico de Transtorno do Estresse Pós-Traumático de outros distúrbios mentais, como a ansiedade, é a identificação de um evento traumático específico a partir do qual os sintomas foram desencadeados.

Tratamento

“Uma vez já instalado o diagnóstico de Transtorno do Estresse Pós-Traumático, temos dois principais pilares de intervenção”, conta Dr. Hercilio. O primeiro deles é o de psicoterapia. Para tal, já se é sabido que algumas técnicas funcionam melhor do que outras para diferentes quadros. Para pacientes diagnosticados com TEPT, a recomendação do Dr. Hercilio é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) – na qual são aplicadas duas abordagens: a cognitiva e a comportamental.

Na primeira, os sintomas serão trabalhados de forma bastante detalhada, oferecendo ao paciente compreensão da distorção cognitiva causada pelo trauma e, aos poucos, o indivíduo passa a retornar a um funcionamento diário normal. Já na abordagem comportamental, o paciente é exposto gradativamente às situações que ele passou a evitar, sendo cada vez menos afetado por ela e, assim, reconquistando a sua independência. Como um todo, “a psicoterapia proporciona ao paciente estratégias de manejo de seus sintomas”, explica o psiquiatra.

O segundo pilar de tratamento do TEPT é o medicamentoso. Os principais medicamentos empregados nesta situação são antidepressivos – especialmente as classes chamadas de tricíclicos e duais –, que devem ser administrados por um período de seis meses a um ano. Em um momento inicial e em casos de insônia, podem ser utilizados, também, ansiolíticos.

TEPT a longo prazo

A recuperação é possível. De acordo com Dr. Hercilio, existem registros de pessoas que se recuperaram durante um determinado período, mas voltaram a experimentar sintomas ao longo da vida. “O indivíduo pode levar por muitos anos aquela vulnerabilidade, e em momentos de maior estresse e ansiedade essa vulnerabilidade pode fazer os sintomas retornarem”.

Para o médico, um tratamento bem-feito proporciona ao indivíduo maiores chances de sucesso no futuro. Embora num momento inicial os medicamentos possam oferecer alívio dos sintomas, a longo prazo a psicoterapia oferece recursos internos para administrar eventuais retomadas do quadro do Transtorno do Estresse Pós-Traumático. “É muito importante o estabelecimento do diagnóstico para que a pessoa conheça em detalhes a sua condição e saiba identificar seus sintomas”, ressalta Dr. Hercilio.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração do psiquiatra do GNDI Dr. Hercilio Pereira de Oliveira Junior e informações do site do Instituto de Psiquiatria Paulista (acesso em 29/04/2021).

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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