Para Clarissa Bueno, neurologista do GNDI, o transtorno de fala acaba servindo como “termo guarda-chuva”, isto é, uma definição ampla para um problema que tem nuances específicas em cada caso. É o que ocorre, por exemplo, com a Síndrome de Down que, na maioria dos casos, exige um acompanhamento profissional neste sentido.
“O atraso na aquisição da fala chama atenção para a possibilidade de um Transtorno do Espectro Autista.”. Mas falando de linguagem, também podemos estar diante de situações comportamentais ou aquelas que incluem compreensão e expressão, que podem ser diagnosticadas em diferentes situações e que podem variar de grau, do mais simples ao mais complexo”, detalha.
A neurologista explica que, no caso da linguagem, o indivíduo pode ter um transtorno que compromete tanto a sua expressão verbal quanto a própria escrita e/ou, ainda, a compreensão da fala. Nestes casos, quadros de déficit de aprendizado, como a dislexia, acabam sendo responsáveis por parte desses problemas.
De acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o Distúrbio Específico da Linguagem (DEL) pode afetar de 5% a 7% dos bebês nascidos anualmente. Por isso, os pais devem estar atentos e, caso notem algo, devem levar a criança a um pediatra.