O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade pode se manifestar logo nos primeiros anos de vida. Embora o mais comum, atualmente, é que ele seja diagnosticado na idade escolar (entre os cinco e sete anos), alguns sinais podem surgir aos três anos. O psiquiatra do GNDI e responsável pelo Núcleo de Terapias Integradas ABC, Dr. Hercílio Pereira de Oliveira Júnior, explica que crianças inquietas, explosivas, agressivas com outras pessoas, que costumam chorar muito e não dormir bem podem apresentar indícios de TDAH.
Para descobrir, é preciso prestar atenção no comportamento da criança e levá-la a um psiquiatra ou psicólogo, que fará uma análise clínica com base nos sintomas. “O paciente pode apresentar mais desatenção ou hiperatividade. Essa criança tenta se concentrar, mas não consegue prestar atenção e se dispersa muito rápido. Ela também não consegue manter uma organização e acaba perdendo coisas com facilidade”, explica. Já quando a hiperatividade é mais acentuada, há uma dificuldade de esperar a vez. “Neste caso, a dinâmica social é disfuncional, pois essa criança não consegue aguardar parada em uma fila ou esperar outra pessoa parar de falar antes de responder”.
Muitas vezes, crianças com TDAH podem ter o diagnóstico confundido com ansiedade, transtorno de conduta ou transtorno bipolar. Mas, segundo o especialista, existem testes e exames que podem auxiliar no diagnóstico – como o eletroencefalograma, testes neuropsicológicos para avaliar a atenção e testes de impulsos.