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Intolerância à lactose

Intolerância à lactose é a incapacidade ou capacidade parcial que um indivíduo tem em absorver o açúcar presente no leite e em seus derivados. Como consequência, os pacientes sofrem com diarreias, gases e inchaços quando consomem produtos lácteos. Esta condição, também conhecida como má absorção da lactose, geralmente não apresenta riscos mais graves, mas os sintomas costumam ser desconfortáveis.

Saúde e Bem-Estar

9 de Julho de 2019

Intolerância à lactose

Saúde e Bem-Estar Atividade Física -

Intolerância à lactose é a incapacidade ou capacidade parcial que um indivíduo tem em absorver o açúcar presente no leite e em seus derivados. Como consequência, os pacientes sofrem com diarreias, gases e inchaços quando consomem produtos lácteos. Esta condição, também conhecida como má absorção da lactose, geralmente não apresenta riscos mais graves, mas os sintomas costumam ser desconfortáveis. 

Ainda que esta condição ocorra devido à baixa produção da lactase – enzima produzida pelo intestino delgado e responsável pela absorção destes alimentos – a maioria das pessoas consegue viver consumindo produtos lácteos de maneira saudável. 

 
 

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Sintomas

Os sintomas a seguir começam a surgir de meia a duas horas após a ingestão de produtos derivados do leite. 

• Diarreia 
• Náuseas
• Vômitos 
• Inchaço
• Gases

Causas

Ocorre quando o intestino delgado não produz a quantidade suficiente da enzima responsável por digerir o leite (lactase). 

A lactase é responsável por transformar o açúcar em dois diferentes tipos dele: glicose e galactose, que são absorvidos na corrente sanguínea através do revestimento intestinal.  

Se você tem deficiência de lactase, os componentes lácteos vão para o cólon (parte do intestino grosso) ao invés de serem processadas e absorvidas. Quando estão no cólon, as bactérias normais junto à lactose não digerida causam os sinais e sintomas de intolerância. 

Tipos

Existem três tipo desta deficiência, descritos a seguir: 

Intolerância à lactose primária 

É quando a produção de lactase cai drasticamente, dificultando a digestão de lácteos na idade adulta. As pessoas passam a desenvolvê-la com o tempo, ou seja, quando bebês e se alimentando do leite materno, beneficiam-se da alta produção da lactase. Com o passar do tempo, a troca por outros alimentos faz com que essa produção diminua, mas ainda assim, o normal é que, mesmo produzindo menos desta enzima, possuam a quantidade suficiente para digestão adequada de laticínios de uma dieta adulta. 
A intolerância primária à lactose é determinada geneticamente, ocorrendo em uma grande proporção de pessoas com ascendência africana, asiática ou hispânica. A condição também é comum entre os descendentes de mediterrâneos ou do sul da Europa. 

Intolerância à lactose secundária 

Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado diminui a produção de lactase após uma lesão, cirurgia ou doença no intestino delgado. Entre estas doenças estão: doença celíaca, supercrescimento bacteriano e doença de Crohn. Um tratamento adequado e acompanhado pode restaurar os níveis de lactase e minimizar os sintomas e sinais, embora isso possa levar um tempo significativo. 

Intolerância à lactose congênita ou desenvolvimental 

Este é o tipo mais raro do distúrbio, isto porque é muito mais difícil que os bebês nasçam com ausência completa de atividade da lactase. Este é um tipo causado geneticamente em um padrão de herança autossômica recessiva, que significa que a mãe e o pai devem transmitir a mesma variante do gene para que a criança seja afetada. 

Fatores de risco
• Idade: geralmente se desencadeia com o passar do tempo. São raros os bebês que apresentam esta condição. 
• Etnia: a intolerância à lactose é mais comum em pessoas de ascendência africana, asiática, hispânica e americana. 
• Parto prematuro: crianças nascidas prematuramente podem ter a produção de lactase afetada, porque o intestino delgado pode não ter desenvolvido as células responsáveis por sua produção. 
• Doenças que afetam o intestino delgado: podem causar o supercrescimento bacteriano as doenças celíaca e de Crohn. 
• Tratamentos para o câncer: A radioterapia no abdômen ou problemas intestinais provenientes da quimio aumentam as chances de desenvolver a intolerância à lactose. 
Diagnóstico

O diagnóstico é realizado a partir da manifestação dos sintomas no paciente. Em primeiro lugar, é possível que o especialista solicite uma redução de consumo dos produtos lácteos e, considerando a redução dos sintomas nessa nova dieta, as chances de se caracterizar intolerância à lactose são altos.  

Para confirmar a investigação, o especialista poderá solicitar alguns dos testes descritos abaixo: 

Teste de intolerância à lactose: este teste mede a reação do seu corpo a um líquido que contém altos níveis de lactose. Duas horas depois de ingerir o líquido, você realizará exames de sangue para medir a quantidade de glicose presente na corrente sanguínea. Se o nível não aumentar, significa que o seu corpo não está absorvendo adequadamente produtos lácteos.  

Teste de respiração de hidrogênio: este teste também requer a ingestão de um líquido que contenha altos níveis de lactose. Aí será medida a quantidade de hidrogênio em sua respiração em intervalos regulares. Normalmente, muito pouco hidrogênio é facilmente detectado, mas se o corpo não digerir a lactose, ela se fermentará no cólon, liberando hidrogênio e outros gases.  

Teste de acidez das fezes: para bebês e crianças que não podem passar por outros testes, o teste de acidez das fezes é uma boa alternativa. A fermentação da lactose não digerida cria ácido lático e outros ácidos que podem ser detectados em uma amostra de fezes.  

Tratamento

Atualmente não se pode afirmar que existe um tratamento que resulte na cura da intolerância à lactose, mas pode-se conviver de maneira saudável com este distúrbio e minimizar os sintomas. 

• Evite grandes porções de leite e derivados;
• Inclua pequenas porções destes produtos nas refeições regulares e 
• Coma chocolate e tome sorvete com baixo teor de leite  

Referência

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com informações de Mayo Clinic e Minuto Saudável. Acesso em 6 de maio. 

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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