As evidências de uma ligação entre endometriose e câncer de ovário não é, por si só, um motivo para você recorrer a medidas radicais, como fazer uma histerectomia (remover o útero). Mas, isso não significa que você não deva levar a sério a doença do endométrio. Apesar de ser uma condição benigna, a endometriose pode trazer complicações importantes. A principal delas é a infertilidade - até metade das mulheres com o problema têm dificuldade para engravidar.
Além disso, ao contrário do câncer de ovário, a endometriose raramente passa desapercebida, pois produz sintomas bastante incômodos, tais como:
- Intensa cólica menstrual;
- Menstruação com sangramento intenso;
- Dor durante a relação sexual;
- Dor pélvica;
- Diarreia ou constipação no período menstrual;
- Dor para urinar ou evacuar.
A endometriose é doença crônica, portanto, sem cura. Mas, existem vários métodos de tratamento que podem ajudar a diminuir os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A abordagem que você e seu médico escolherão dependerá da gravidade da sua endometriose e do seu desejo de engravidar posteriormente. As opções incluem:
Medicamentos - seu médico pode recomendar analgésicos e outros medicamentos para aliviar as cólicas e outros sintomas dolorosos.
Terapias hormonais - como o uso de pílulas anticoncepcionais, que também estão associadas a uma diminuição do risco de câncer de ovário.
Cirurgia conservadora - remove os tecidos endometriais anormais sem remover nenhum órgão.
Histerectomia total - cirurgia para remover o útero e o colo do útero, além de ambos os ovários e as trompas de falópio. Método usado apenas para casos graves de endometriose ou para mulheres com alto risco de câncer de ovário, como aqueles que têm a mutação genética BRCA1 ou BRCA2.
Já o tratamento para o câncer de ovário dependerá do estágio em que a doença é descoberta. As opções incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia.