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Tudo o que você precisa saber sobre Lúpus

Cerca de 80% dos pacientes tem manifestações na pele, como manchas avermelhadas em regiões expostas ao sol. Confira no GNDI quais são os sintomas e tratamentos para o Lúpus.

Saúde e Bem-Estar

24 de Março de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Tudo o que você precisa saber sobre Lúpus

Saúde e Bem-Estar -

Normalmente, o sistema imunológico cria anticorpos para combater bactérias, vírus e outros organismos estranhos que não fazem parte de você e podem fazer mal para a saúde. No caso de doenças autoimunes são produzidos anticorpos contra o organismo de quem tem a doença. É como se o corpo não se reconhecesse e tentasse se autodestruir. É assim que funciona o Lúpus.

A reumatologista do Grupo NotreDame Intermédica, Débora Cordeiro, explica que a doença é autoimune, inflamatória e crônica – não tem cura –, além disso, funciona por fases: “tem as fases em que o paciente está em atividade e a fase de remissão, quando a doença fica silenciosa sem as manifestações”. Ela conta que existe o Lúpus cutâneo, quando há manifestações na pele; e o sistêmico, quando a doença atinge um ou mais órgãos.

 

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Sintomas e diagnóstico

“Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Como o Lúpus tem fatores genéticos, ambientais e hormonais envolvidos, ele não é igual para todos os pacientes”, afirma a especialista. Cerca de 80% dos pacientes terão manifestações na pele ao longo da evolução da doença, como manchas avermelhadas em regiões expostas ao sol. Os pacientes podem ter dores nas articulações, principalmente nas mãos pela manhã, com ou sem inchaço nessas regiões, febre e queda de cabelo.

Em 50% dos casos de Lúpus sistêmico, os rins são atingidos e o paciente desenvolve nefrite, quando os glomérulos renais – os responsáveis por eliminar as toxinas do organismo – ficam inflamados. Com isso, se a doença não for tratada de forma rápida, o órgão pode perder a capacidade de filtrar água e o sangue. Quando isso acontece, o paciente pode ter sintomas como urina espumosa, inchaço nas pernas e aumento da pressão arterial.

Pode haver também, ainda que menos frequente, manifestação no cérebro. “Alguns pacientes têm alteração de comportamento, convulsões e inflamação dos nervos”. Existe ainda a possibilidade de o paciente desenvolver alterações nas células do sangue causando anemia, queda de glóbulos brancos e de plaquetas.

Segundo Dra. Débora, para diagnosticar o Lúpus, é necessária uma análise médica dos sintomas do paciente associados a exames laboratoriais de sangue e de urina. “Um dos exames que é necessário realizar é o FAN, que é positivo em pacientes com lúpus. Além dele, outros exames são importantes, como os anticorpos anti-DNA e o anti-SM, que podem ser positivos e são mais específicos da doença”, afirma. Outras alterações nos exames de urina ou sangue também podem sugerir a doença.

“A pessoa que tem lúpus tem chances também de ter outras doenças autoimunes, porque já existe um desequilíbrio no sistema imunológico dela”, conta a especialista. Ela cita que podem surgir hipotireoidismo, mais especificamente a Tireoidite de Hashimoto e outras doenças reumatológicas autoimunes.

Causa e fatores de risco que levam ao Lúpus

A causa é desconhecida, mas Dra. Débora conta que o paciente possui uma predisposição genética. e a exposição a alguns gatilhos pode levar ao desenvolvimento da doença: “a pessoa que tem alguém na família com Lúpus tem mais chance de desenvolver a doença. Sabemos que a irradiação solar pode ativar o Lúpus nos pacientes que tem essa tendência genética. Algumas infecções por vírus também podem fazer a doença iniciar, além de fatores hormonais”, cita a especialista. Ela conta que mulheres na idade fértil tem mais chances de desenvolverem a doença por ação do estrogênio. O Lúpus também é mais comum de se manifestar dos 20 aos 45 anos, mas pode atingir pessoas de qualquer idade e sexo – inclusive crianças. Homens também são acometidos, apesar da doença ser mais comum em mulheres.

Tratamento

O Lúpus ainda não tem cura e os tratamentos variam baseados nos órgãos afetados pela doença. O uso de corticoides é comum, principalmente no começo da doença. Já em casos mais graves, a especialista conta que são indicados medicamentos imunossupressores para controle da doença.

 

Mas, não se assuste!

A especialista diz que, embora os sintomas possam ser graves, nem todas as pessoas com Lúpus sofrerão com eles, uma vez que a gravidade da doença varia de paciente para paciente. “O diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes são muito importantes para preservar a qualidade de vida do paciente”, explica. Evitar a exposição ao sol, o uso de filtro solar, fazer o acompanhamento com o reumatologista e usar corretamente as medicações são fundamentais para o controle da doença.

Para quem tem histórico de doenças autoimunes na família, Dra. Débora indica: “fique atento aos sintomas e procure um especialista para uma avaliação em caso de necessidade”.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração da reumatologista Débora Cordeiro do Rosário

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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