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Causas e tratamentos para o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor

O atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é um transtorno infantil caracterizado por dificuldades incomuns que a criança tem para desenvolver determinadas habilidades ao passar por marcos do desenvolvimento. Confira no GNDI.

Saúde e Bem-Estar

19 de Julho de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Causas e tratamentos para o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor

Saúde e Bem-Estar -

O atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é um transtorno infantil caracterizado por dificuldades incomuns que a criança tem para desenvolver determinadas habilidades ao passar por marcos do desenvolvimento. Por exemplo, não conseguir sustentar a cabeça após os três meses ou se sentar sozinha aos seis meses, não conseguir formar frases aos dois anos ou ter dificuldade de entendimento e comunicação. O tipo de atraso depende principalmente da causa, que pode variar entre paralisia cerebral, hipotonia e falta de estímulo, entre outros fatores orgânicos e ambientais.

Em alguns casos, a condição pode desaparecer com a idade e os tratamentos corretos; em outros, pode ser crônica e permanecer mesmo na vida adulta – tudo dependerá da causa. Mas, em qualquer um dos casos, o tratamento adequado pode melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

 
 

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Causas

Existem diversas causas para o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor – uma das mais importantes é a paralisia cerebral. Segundo a neurologista do Grupo NotreDame Intermédica, dra. Clarissa Bueno, o atraso depende da área do cérebro que foi afetada; por exemplo, em alguns casos pode haver uma deficiência intelectual, em outros pode ter mais perdas na parte motora. “Outra causa muito comum é a hipotonia, em que o bebê sofre alterações musculares e também pode ter um atraso. Mas existem, ainda, situações em que a criança tem outros problemas de saúde não neurológicos”, cita.

A hipotonia é caracterizada por uma fraqueza muscular, quando o bebê é “molinho” e não consegue sustentar a cabeça ou se sentar em uma idade em que as crianças normalmente já conseguem. Essa é uma das principais causas orgânicas para o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e pode ser diagnosticado no primeiro ou segundo ano de vida, ou até mesmo antes de o bebê nascer – quando os exames de pré-natal detectam que a criança não se mexe tanto.

A especialista explica que, além dessas doenças, a falta de estímulo pode afetar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. “Por exemplo, se ela tem um problema cardíaco e possui restrições para realizar determinadas atividades, ou se ela passa muito tempo internada, também pode ter um atraso por não ter tido um estímulo”.

Como identificar

“Para diagnosticar o atraso do desenvolvimento, a criança precisa passar pelos primeiros marcos no desenvolvimento”, explica Clarissa. Isso acontece nos primeiros meses de vida: entre os dois primeiros meses é comum que a criança tenha contatos visuais; entre o terceiro e o quarto mês, a criança já deve conseguir sustentar a cabeça. “Esse acaba sendo um momento em que temos mais possibilidades de identificar o atraso, porque é um marco mais exuberante. Mas, infelizmente, muitas crianças acabam não sendo diagnosticadas nessa fase precocemente e acabam recebendo esse diagnóstico muito mais para frente, porque alguns pediatras não percebem e dizem que é preciso ‘esperar o tempo do bebê’”.

Os principais sintomas são:

  • Postura caída e músculos muito fracos
  • Dificuldade de segurar a cabeça após os três meses
  • Não conseguir se sentar aos seis meses
  • Não começar a engatinhar antes dos nove meses
  • Não andar sozinho antes dos 15 meses
  • Não conseguir comer sozinho com um ano e seis meses
  • Não formar frases após os dois anos e três meses
  • Não controlar o xixi e o cocô após os 5 anos
Tratamento precoce ajuda na qualidade de vida

O tempo de tratamento depende da doença que causou o atraso do desenvolvimento. Algumas pessoas sairão reabilitadas para uma vida adulta sem perda da qualidade de vida; outras, ainda, terão algumas dificuldades e vão precisar de mais tempo de terapia. “Independentemente do que está causando, se existe um atraso, o paciente precisa ir para a reabilitação, tem que ir para a fisioterapia”, indica a neurologista.

Para dra. Gabriela Gaia, psiquiatra do Núcleo de Terapias Integrativas ABC, do Grupo NotreDame Intermédica, as intervenções precoces servem para diminuir a gravidade do atraso. “Às vezes, eu posso não ter a certeza do diagnóstico, mas se observo algum atraso ou dificuldade em alguma área do desenvolvimento, a orientação sempre será intervenção”, explica.

No caso do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, a equipe multidisciplinar é fundamental para tratar todos os aspectos. “O psiquiatra, o neuro ou o pediatra direcionarão o tipo de atraso e investigar se pode ser alguma síndrome ou alguma alteração genética. A partir disso, a equipe multidisciplinar auxiliará no que o paciente precisar”, conta a dra. Gabriela. Durante o tratamento, o paciente poderá realizar avaliações com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicológicos, psiquiatras e fisioterapeutas. “É preciso uma equipe bem engajada para entender, realmente, quais estão sendo as dificuldades do paciente naquele momento”.

Tratamentos fisioterapêuticos

Para o tratamento fisioterapêutico do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, o Núcleo de Terapias Integradas ABC oferece métodos como Terapia de Integração Sensorial, Terapia de Psicomotricidade e TheraSuit. O tempo de tratamento pode variar de acordo com o atraso ou com a patologia associada ao quadro clínico da criança. Em alguns casos, serão necessários cuidados até a fase adulta.

Mas existem, também, alguns exercícios que os pais podem fazer em casa para ajudar no desenvolvimento dos filhos, como estímulos lúdicos – por exemplo, colocar a criança em um tatame no chão para incentivá-la a rolar, brincar com brinquedos que estimulam a coordenação motora, entre muitas outras ações que podem ser recomendadas por pediatras.

Atraso na fala

Quando o assunto é apenas um atraso na fala, segundo Cristina Andrade, fonoaudióloga do Grupo NotreDame Intermédica, pode ser por falta de estímulo. “Sempre analiso essa questão perguntando aos pais como a criança pede algo. Se ela aponta para um objeto e os pais ofertam, ela se comunica de forma não verbal e não tem um estímulo para aprender a verbalizar”.

Neste caso, o tratamento será feito em conjunto com os pais a fim de estimular a criança a falar e se tornar independente aos cuidados fonoaudiólogos. “Montamos um plano e vemos quais os ganhos e os objetivos que conseguiremos ter com esse paciente para reabilitá-lo. Em alguns casos, conseguimos dar alta. Mas, para determinados pacientes, esse trabalho é contínuo, pois precisam de um acompanhamento e pode ser que tenham uma ‘alta assistida’”, explica.

Já se o atraso da fala é causado por outra condição, como paralisia cerebral ou hipotonia, é preciso realizar um tratamento em conjunto com outros profissionais. Isto porque, muitas vezes, a fala e a deglutição são comprometidas pela postura ou outros fatores. “Para conseguir falar, alguns pacientes precisam melhorar a postura, pois, quando ele fica mais estruturado, tem um melhor controle da cavidade oral para que possa produzir sons e consiga se movimentar melhor para articular as palavras. Isso ajuda, também, na deglutição.”

Conheça o Núcleo de Terapias Integradas ABC

O Núcleo de Terapias Integradas ABC, do Grupo NotreDame Intermédica, conta com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos – todos especializados para tratar o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e outros transtornos do desenvolvimento. A clínica atende pacientes de dois a 16 anos com o objetivo de proporcionar diagnósticos precoces, tratamentos personalizados e adaptativos, além de facilidade de acesso – já que todos os profissionais podem ser encontrados em um só lugar.

A Unidade fica localizada em São Bernardo do Campo e conta com diversos tipos de terapias, tais como Método de Análise do Comportamento Aplicada, terapias com PECS, TEACHH, terapia de cabine, musicoterapia e muitas outras.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração de Clarissa Bueno, neurologista do GNDI; das fisioterapeutas Camila Bittar, Daniela Midori e Patrícia Lacombe; da fonoaudióloga Cristina Andrade; a psiquiatra Gabriela Gaia; e com informações dos sites Saúde, Portal Fio Cruz. – acesso em 05/05/2021

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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