Home

Tudo o que você precisa saber sobre tratamento de canal

Segundo uma pesquisa do IBGE, mais da metade da população não consulta o dentista, pelo menos, uma vez ao ano. Embora muitas pessoas só procurem este profissional quando estão com dor, ele pode orientar a ter uma escovação correta, prevenir doenças e ainda reverter problemas.

Saúde e Bem-Estar

7 de Dezembro de 2020

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Tudo o que você precisa saber sobre tratamento de canal

Saúde e Bem-Estar Você Sabia? -

Segundo uma pesquisa do IBGE, mais da metade da população não consulta o dentista, pelo menos, uma vez ao ano. Embora muitas pessoas só procurem este profissional quando estão com dor, ele pode orientar a ter uma escovação correta, prevenir doenças e ainda reverter problemas. Um dos tratamentos mais comuns e que podem ser evitados com medidas preventivas é o canal – intervenção que consiste na retirada da polpa do dente quando há infecção ou lesão localizada.
 
 

Soluções para você, sua empresa ou familia

Como funciona o tratamento de canal?

O tratamento de canal está previsto no Rol de Procedimentos Obrigatórios de planos de saúde odontológicos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ou seja, todos os planos oferecem essa cobertura. Ele é indicado para casos em que há fraturas dentárias, cáries profundas ou traumas que comprometam a polpa do dente – tecido mole que vai da coroa, até a ponta da raiz, seja na mandíbula, seja na maxila, onde ficam os nervos e vasos sanguíneos. A cárie começa no esmalte e, caso não seja tratada, pode progredir e atingir a polpa, região vital do dente. A progressão dessa infecção fará com que as bactérias se alojem no ápice da raiz, produzindo pus e podendo comprometer dentes vizinhos ou ir para corrente sanguínea e comprometer órgãos.

No tratamento de canal, o endodontista – cirurgião dentista especialista em tratamento de canal – remove toda a polpa contaminada e promove uma desinfecção deste local. Para a realização desse procedimento, o profissional realiza um isolamento absoluto, no qual apenas o dente comprometido ficará exposto. Esse isolamento tem por finalidade evitar que haja contato com a saliva local, onde há grande concentração de bactérias, e com os líquidos de irrigação (gosto ruim), que promovem a desinfecção da região. “Só após esse isolamento absoluto ser realizado, com o paciente anestesiado, é que o profissional iniciará o  acesso à câmara pulpar (abertura do dente) e retirará todo o conteúdo do seu interior, limpando a região infectada , com o auxílio de limas e líquidos desinfetantes”, explica o auditor dentista do Grupo NotreDame Intermédica, Dr. Roberto Cury Massagli.

Depois dessa assepsia realizada, o profissional seca os condutos e os obtura com material apropriado, deixando o dente pronto para ser restaurado com resina, amalgama, pinos ou coroas. “Os fatores que influenciam na eficácia do tratamento são: a vitalidade do dente, a extensão da lesão existente e a presença de bactérias, que possam permanecem na região pós-tratamento”, explica.

Cuidados após o tratamento

Não é apenas com o tratamento que você deve se preocupar. Ao término dele, é preciso ter atenção com alguns cuidados, como:

Restauração do dente

Após o tratamento, o profissional deixará o dente com uma restauração provisória – a “massinha”, que não deve ficar por muito tempo na boca por ser um material solúvel à saliva. Se ficar por muito tempo, esse material pode cair totalmente e permitir a possibilidade de nova contaminação da região tratada.  “Outro fator de risco, é a grande incidência de fratura desses dentes tratados endodonticamente. Por eles estarem “ocos”, devido ao acesso até os canais, o esmalte fica muito fino e, às vezes, não suportam uma carga mastigatória um pouco mais forte”.

Ou seja, como explica o profissional, é importante que haja um cuidado com a mastigação nesse período em que o dente estiver com a restauração provisória para evitar direcionar grandes forças mastigatórias a esse dente tratado, pois há o risco de quebrá-lo ao meio e precisar realizar uma extração.

Controle clínico

Seis meses após o tratamento, é preciso realizar uma nova consulta e nova tomada   radiográfica do dente tratado, para verificar se ainda apresenta lesão. “Se ela não diminuir ou não desaparecer no período de dois anos, é recomendável que se repita o tratamento de canal, ou que haja uma cirurgia nessa região apical para evitar a extração do dente”, indica o profissional.

Higienização bucal

Escove os dentes com escova adequada – de preferência com cerdas macias – e creme dental com flúor, ao menos três vezes ao dia. Escovar a língua também é recomendado, pois é uma região de acúmulo de alimentos e bactérias (papilas linguais). Além disso, o uso de enxaguantes bucais com flúor para uso diário sem álcool também servem de complemento para uma boca ainda mais limpa. “Essa ação ajuda a eliminar restos de alimentos, principalmente os açucarados, que permanecem em contato com os dentes e são utilizados pelas bactérias presentes na boca na produção de ácidos, responsáveis pela destruição dental e, assim, o aparecimento das cáries”, explica.

Riscos

Para evitar riscos durante o tratamento, você recebe uma ficha, na consulta inicial, na qual deve informar se tem algum tipo de alergia, se toma medicamentos de uso contínuo, se tem alguma doença sistêmica e se já passou por cirurgias. ""A escolha do profissional especialista em endodontia é essencial para segurança e sucesso do seu tratamento. Esse título mostra que ele, ao término de sua graduação, permaneceu, por no mínimo mais dois anos cursando e tratando de casos somente da especialidade escolhida"", explica Dr. Massagli.

""A odontologia tem se desenvolvido se aperfeiçoando cada vez mais. Com isso, o índice de sucesso nos tratamentos vem aumentando. Um percentual mínimo de insucessos ocorre, ou seja, casos que necessitam de um retratamento de canal têm sido poucos"", conta o dentista auditor. Quando o caso está muito avançado, já com lesão óssea extensa, isso faz com que os dentes vizinhos possam ser afetados. ""Se essa proliferação das bactérias, instaladas nessa região, não for controlada, elas poderão acessar à corrente sanguínea, com o perigo de se instalarem em outras partes do corpo"".

Prevenção

""A prevenção da cárie é a principal forma de evitarmos problemas na cavidade bucal"", explica o dentista auditor. Para isso, basta fazer uma higienização diária adequada, com correta escovação, fio dental, creme dental com flúor, solução para bochechos com flúor sem álcool para uso diário e a escova certa – macia e com cabeça não muito grande, para alcançar os dentes do fundo. É importante que a escova dental seja trocada de três em três meses ou quando as cerdas já estiverem abertas.

O ideal é a visita ao dentista a cada seis meses ou sempre que sentir incômodos. ""No consultório, é possível não só prevenir, mas também reverter problemas sérios nos dentes. A cárie é uma doença infecciosa e transmissível, que pode ser adquirida, já na primeira infância, sendo a causa mais comum da dor de dente"", afirma Dr. Massagli.

Quando procurar ajuda?

Segundo o Dr. Massagli, os sintomas mais comuns de que há algo errado são:

  • Dores agudas no dente que podem se irradiar para a face;
  • Abcesso na gengiva;
  • Sensibilidade nos dentes com alimentos frios ou quentes;
  • Inchaço e sensação de latejar;
  • Dor ao toque;
  • Dor constante.

Consulte seu dentista de confiança pelo menos a cada seis meses.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração do Dr. Roberto Cury Massagli, auditor dentista e endodontista do Grupo NotreDame Intermédica e ANS. – acesso em 22/10/2020

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

Quero cotar um plano de saúde