“Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Como o Lúpus tem fatores genéticos, ambientais e hormonais envolvidos, ele não é igual para todos os pacientes”, afirma a especialista. Cerca de 80% dos pacientes terão manifestações na pele ao longo da evolução da doença, como manchas avermelhadas em regiões expostas ao sol. Os pacientes podem ter dores nas articulações, principalmente nas mãos pela manhã, com ou sem inchaço nessas regiões, febre e queda de cabelo.
Em 50% dos casos de Lúpus sistêmico, os rins são atingidos e o paciente desenvolve nefrite, quando os glomérulos renais – os responsáveis por eliminar as toxinas do organismo – ficam inflamados. Com isso, se a doença não for tratada de forma rápida, o órgão pode perder a capacidade de filtrar água e o sangue. Quando isso acontece, o paciente pode ter sintomas como urina espumosa, inchaço nas pernas e aumento da pressão arterial.
Pode haver também, ainda que menos frequente, manifestação no cérebro. “Alguns pacientes têm alteração de comportamento, convulsões e inflamação dos nervos”. Existe ainda a possibilidade de o paciente desenvolver alterações nas células do sangue causando anemia, queda de glóbulos brancos e de plaquetas.
Segundo Dra. Débora, para diagnosticar o Lúpus, é necessária uma análise médica dos sintomas do paciente associados a exames laboratoriais de sangue e de urina. “Um dos exames que é necessário realizar é o FAN, que é positivo em pacientes com lúpus. Além dele, outros exames são importantes, como os anticorpos anti-DNA e o anti-SM, que podem ser positivos e são mais específicos da doença”, afirma. Outras alterações nos exames de urina ou sangue também podem sugerir a doença.
“A pessoa que tem lúpus tem chances também de ter outras doenças autoimunes, porque já existe um desequilíbrio no sistema imunológico dela”, conta a especialista. Ela cita que podem surgir hipotireoidismo, mais especificamente a Tireoidite de Hashimoto e outras doenças reumatológicas autoimunes.