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Cuidados simples podem evitar o câncer de boca

Nem sempre o câncer bucal tem indícios claros e sintomáticos, por isso a prevenção e a rotina de cuidados são tão importantes. A seguir, saiba mais sobre as características dessa condição.

Saúde e Bem-Estar

4 de Novembro de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Cuidados simples podem evitar o câncer de boca

Saúde e Bem-Estar -

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que o Brasil tenha cerca de 15 mil novos casos de câncer bucal por ano no triênio 2020-2022, sendo quase 70% deles em homens.

Quando é realizado o diagnóstico precoce, a chance de cura do câncer bucal é acima de 95%. Mas, se já há presença de alguma sintomatologia, como dor ou dificuldade de mover a língua, a chance de cura cai para 45%.

Por isso, são tão importantes a prevenção, a higiene bucal e a rotina de cuidados, como a visita ao dentista a cada seis meses.

 
 

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Características

O câncer de boca é um tumor maligno que pode afetar tanto os tecidos moles (língua, lábio, bochecha e mucosas) como os tecidos duros (parte óssea, por exemplo, mandíbula, maxila e palato).

De acordo com Jaqueline de Carvalho Ferreira, cirurgiã-dentista do Grupo NotreDame Intermédica, quando afeta a parte óssea, o câncer de boca é assintomático no estágio inicial. “Os sintomas de dor começam a aparecer quando ele já está numa fase mais avançada, por isso a prevenção é tão importante”, analisa.

No caso dos tecidos moles, o tumor pode se apresentar como uma bolinha, elevação, caroço, bolha, ferida, mancha escura ou clara e úlcera – sempre com a particularidade de não cicatrizar e ser indolor. “Diferentemente de lesões corriqueiras – como aftas, queimadura por ingerir alimento quente e mordida no lábio ou na língua –, a lesão maligna não cicatriza, não dói e tem crescimento bastante lento. Muitas vezes, ela está situada em uma área que a pessoa não consegue ver, então a visita ao dentista com frequência é fundamental”, ressalta a cirurgiã-dentista do GNDI.

Porém, os tumores ósseos e aqueles que atingem a parte posterior da língua e a faringe podem apresentar crescimento rápido. Alguns sintomas são inchaço, presença de gânglios e nódulos, rouquidão persistente e dificuldade de mastigar, engolir e falar.

Fatores de risco

A prevalência é em homens acima de 40 anos. Entretanto, dentre os fatores que predispõem o desenvolvimento de câncer bucal estão tabagismo, consumo excessivo de bebida alcoólica e portadores do vírus HPV, que atinge a região oral por transmissão sexual sem proteção.

“O HPV aumenta em 25% as chances de desenvolver câncer bucal, com o agravante de que as lesões provocadas são muito pequenas e difíceis de serem detectadas precocemente pelo próprio paciente. Portanto, quem é diagnosticado com HPV genital precisa solicitar também um exame bucal e na região da orofaringe, pois existe tratamento para esses casos”, diz a cirurgião-dentista do GNDI. Vale lembrar que as redes pública e particular disponibilizam vacina contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos.

Outro grupo de risco são os imunossuprimidos que utilizam o coquetel anti-HIV, pois apresentam de três a quatro vezes mais chances de desenvolver câncer bucal do que outras pessoas.

A exposição solar sem proteção adequada também eleva o risco de aparecimento da doença. Sendo assim, no dia a dia, é essencial usar o filtro solar no rosto e protetor labial. Como curiosidade, antigamente, o câncer bucal era muito incidente em trabalhadores rurais que trabalhavam na colheita e passavam o dia todo sob o sol e sem proteção.

Diagnóstico

No caso de áreas de tecido mole, o diagnóstico é realizado pelo dentista por exame clínico e biópsia. Se for em região óssea, é preciso tomografia, radiografia e ressonância magnética.

“Se o laudo dos exames sinalizar a presença do tumor, o paciente é encaminhado para um oncologista. Portanto, o diagnóstico é feito pelo dentista e o tratamento é realizado pelo médico oncologista”, sintetiza Jaqueline de Carvalho Ferreira.

O tratamento varia conforme o caso e pode incluir remoção cirúrgica da parte afetada, quimioterapia e radioterapia.

Prevenção

O paciente pode fazer o autoexame mensalmente. Basta escolher um local bem iluminado, colocar-se à frente de um espelho e olhar a boca toda para reconhecer se há alguma lesão ou mancha.

Como o câncer se aproveita de instabilidades metabólicas para se instalar, é preciso manter a saúde equilibrada, ou seja, alimentação e hábitos saudáveis e evitar tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. “Quando falamos em tabagismo, não estamos restritos ao cigarro. É importante evitar qualquer tipo, seja cachimbo, charuto, narguilé, cigarro eletrônico, cigarro de palha etc”, salienta a cirurgiã-dentista do GNDI.

Campanha de conscientização

Anualmente, na primeira semana de novembro, comemora-se a Semana Nacional de Prevenção do Câncer de Boca, que tem como objetivo estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao tema; promover debates sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal; apoiar as atividades que visam o controle da doença; e difundir os avanços técnico-científicos dessa área.

Odontologia Preventiva

No Portal GNDI, a área de Odontologia Preventiva disponibiliza cartilhas informativas e uma videoentrevista com a dra. Jaqueline de Carvalho Ferreira sobre o câncer bucal. Para conhecer mais sobre os programas e iniciativas da Odontologia Preventiva do GNDI, clique aqui.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com colaboração da cirurgiã-dentista Jaqueline de Carvalho Ferreira.

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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