Especialista em gestação de alto risco fala sobre a importância do Planejamento Familiar
O Grupo
18 de Março de 2018
Casais têm o direito humano fundamental de decidir, livre e responsavelmente, quanto ao número de filhos e o direito de obter instruções e orientação adequada a respeito. Ao menos é isso o que sugere a Lei nº 9.263 de 1996, de Planejamento Familiar, que ampara, inclusive, aqueles que não desejam engravidar.
Para sanar as principais dúvidas sobre Planejamento Familiar, métodos contraceptivos mais indicados e prevenção de riscos na gravidez, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) realizou, no último dia 13 de março, a Oficina de Saúde “Planejamento Familiar – Prepare-se para dar um passo importante em sua vida”.
A Dra. Daniela Leanza, Gerente de Medicina Preventiva da NotreDame Intermédica e especialista em gestação de alto risco, acredita que o Planejamento Familiar é algo que ainda precisa ser amplamente discutido. “A gravidez, sem dúvida alguma, é um momento mágico, mas traz consigo diversas responsabilidades para a mulher e para o homem. Quanto mais as pessoas se atentarem ao planejamento e suas ações, menor serão os riscos financeiros, emocionais e de saúde ”, lembrou.
Confira a seguir os principais pontos discutidos durante o encontro:
Como o Planejamento Familiar pode fazer a diferença na vida dos casais e de suas famílias?
O Planejamento Familiar é essencial tanto para aqueles que não desejam uma gravidez naquele momento, como para os que querem ter filhos.
Este planejamento engloba um conjunto de ações e decisões de responsabilidade do homem e da mulher, como a prevenção de DST´s e AIDS, planejamento psicológico e financeiro e até mesmo dieta e qualidade de vida.
Sobre os métodos contraceptivos, quais são os mais indicados?
Para determinar o melhor método contraceptivo dependemos de uma avaliação prévia feita por um profissional da área. Cada pessoa pode reagir de maneira diferente de acordo com o método adotado, por isso, não é possível dizer qual é o mais indicado sem uma avaliação específica.
Também é importantíssimo lembrarmos que existe uma fase de adaptação que pode durar de três a seis meses. No momento da escolha de um contraceptivo, devemos buscar sempre um equilíbrio entre indicações e contraindicações, efeitos colateriais e benefícios, a possibilidade de associações de diferentes métodos, possíveis falhas e eficácia, entre outros.
Os métodos disponíveis hoje em dia são:
Para quem está planejando engravidar, quais medidas são indicadas antes da concepção?
Além das consultas periódicas ao ginecologista, orientamos que tanto a mulher quanto o homem redobrem a atenção ao estilo de vida adotado.
Pode parecer óbvio, mas a consulta pré-concepcional é essencial. Ela serve para a identificação de riscos relacionados à gestação e para que exista uma orientação direcionada de acordo com as caracterísitcas e histórico familiar daquela mulher.
Deve ser realizada, ainda, a avaliação da agenda de vacinas da mulher e possíveis intervenções. Tudo isso visando o melhor no desfecho da gestação.
Qual a importância da atividade física para quem pretende engravidar?
Os benefícios são inúmeros. Alguns exercícios específicos irão auxiliar na melhora da postura e do equilíbrio da mulher, evitando alguns incômodos como a dor lombar. Também podemos citar outros benefícios não menos importantes, como o aumento da fertilidade, mais facilidade para lidar com as mudanças corporais, fortalecimento de músculos importantes e redução da ansiedade.
E quais os principais cuidados que devem ser tomados?
Podemos começar falando do fator idade, levando em consideração que mulheres com mais de 35 anos podem apresentar mais dificuldade para engravidar, maior risco de aborto e problemas genéticos no feto.
Nos atentamos também para o Índice de Massa Corporal (IMC), que, idealmente, deve estar entre 20 e 25. Um IMC abaixo de 20 pode significar o risco de um parto prematuro, baixo peso ou anemia. Já mulheres com o IMC acima de 25 podem apresentar redução da fertilidade e complicações na gestação, como diabetes e pré-eclâmpsia.
O estilo de vida também tem um enorme peso nesse processo. O uso de tabaco, alcool, drogas ilícitas e até mesmo a automedicação podem desencadear sérios problemas tanto para a mãe quanto para a criança.
O histórico familiar da mulher também deve ser analisado?
Sem dúvida. Não só o histórico familiar, como a própria história obstétrica e ginecológica da paciente.
Analisando o histórico familiar, buscamos possíveis anomalias congênitas e cromossomopatias, além das doenças crônicas e doenças hereditárias.
Em relação ao histórico da própria paciente, avaliamos fatores como a infertilidade, anomalias uterinas ou complicações na gestação como um ou mais partos prematuros espontâneos, diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia. Avaliamos também exames pré-concepcionais (exames laboratoriais, clínicos e de imagem).
Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
O Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLfJnzTJJhlD9hsK4ZKGKbOXSPYnhSKXPm
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