Home

Cuidados importantes para a gestante diagnosticada com trombofilia

Essa é uma doença que pode oferecer sérios riscos à gestante e ao feto. Saiba mais sobre sintomas, causas, diagnóstico e tratamento da trombofilia.

Saúde e Bem-Estar

5 de Agosto de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Cuidados importantes para a gestante diagnosticada com trombofilia

Saúde e Bem-Estar -

A coagulação é um processo essencial para que os sangramentos sejam controlados. Se não fosse a formação de um coágulo no vaso que sofreu lesão, a cada vez que tivéssemos qualquer corte, ocorreria um sangramento tão intenso que poderia até levar à morte – no caso das mulheres, elas não resistiriam à menstruação, por exemplo.

Como tudo o que é demais não é bom, formar coágulos demais também é prejudicial porque pode ocasionar tromboses, conforme explica Gabriel Passos Magalhães Luzetti, médico obstetra de gestações de alto risco do Grupo NotreDame Intermédica. “O momento da formação de um coágulo e quando ele deve ser desfeito dependem da interação de alguns fatores presentes no próprio sangue e na parede dos vasos sanguíneos”, afirma.

 
 

Soluções para você, sua empresa ou familia

Causas

As trombofilias são um nome abrangente para diversas condições patológicas que aumentam a probabilidade de formação de coágulos. “Isso pode acontecer por alterações genéticas hereditárias, nas quais há modificações nos fatores que regulam o processo da coagulação, ou em situações nas quais o indivíduo passa a fabricar anticorpos que induzem a formação de coágulos em momentos ‘errados’, como na Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípides (SAAF). Em resumo, pessoas com trombofilias têm maior probabilidade de formar coágulos indevidos”, esclarece Gabriel Luzetti.

Na gravidez, o corpo naturalmente e sabiamente aumenta a tendência à formação de coágulos, justamente porque existe um evento no qual a mulher terá alta probabilidade de sangrar: o parto. É uma maneira de o organismo se preparar para formar todos os coágulos necessários para que a gestante não sangre em excesso ao dar à luz.

Mas, o que acontece se uma mulher que tem trombofilia fica grávida? “Nesse caso, a chance de surgir coágulos indevidos aumenta muito. E, quando isso acontece em um vaso sem lesões, ocorre a trombose, que nada mais é do que um coágulo indesejado ‘entupindo’ um vaso sanguíneo, o que provoca sérias consequências para a gestante e para o bebê”, comenta o médico obstetra.

Trombofilia hereditária e adquirida

Existem vários tipos de trombofilias, que são classificadas como hereditárias (ou genéticas) e adquiridas, e em ambos os grupos há condições mais e menos graves. Porém, uma trombofilia de destaque por sua gravidade é a Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípides (SAAF), pertencente ao grupo das adquiridas. Dentre as hereditárias estão deficiência de proteína C e de proteína S; mutação fator V de Leiden; mutação do gene da protrombina; deficiência da antitrombina III; e hiper-homocisteinemia.

Fatores de risco

Segundo Gabriel Luzetti, grávidas com trombofilia apresentam aumento da probabilidade de tromboses em diversos locais do sistema circulatório, bem como na placenta, elevando a chance de ocorrer formas graves e precoces de pré-eclâmpsia, restrição do crescimento fetal, abortamento de repetição e óbitos fetais.

Sintomas

Toda mulher que tenha histórico pessoal de trombose ou eventos cardiovasculares (como infarto, acidente vascular encefálico, entre outros) deve ser investigada para trombofilia, assim como aquelas que apresentaram três ou mais abortamentos consecutivos.

“Quando a gestante não possui histórico pessoal que leve à desconfiança por parte do obstetra, muitas vezes as manifestações dessa doença na gravidez já são catastróficas, como eventos tromboembólicos (tromboses e tromboembolias pulmonares), aborto, restrição do crescimento do feto, pré-eclâmpsia de início precoce e até mesmo óbito fetal”, alerta o médico do GNDI.

Diagnóstico e tratamento

A identificação desse problema acontece considerando o histórico clínico da paciente e com avaliação laboratorial por meio de exames que buscam alterações genéticas, dosagem de alguns anticorpos específicos e mensuração dos níveis de fatores do sangue importantes para o processo da coagulação.

O tratamento visa impedir a formação de coágulos indesejáveis. “Cada trombofilia dita a medicação e a dose necessária de acordo com o risco envolvido, mas, em linhas gerais, os grandes heróis da terapêutica são os anticoagulantes. Algumas vezes, como no caso da SAF, também se faz necessário o uso de antiagregantes”, explica Gabriel Luzetti.

Programa Gestação Segura

As beneficiárias gestantes do Grupo NotreDame Intermédica podem se cadastrar no Programa Gestação Segura (PGS), sem custos adicionais. O programa conta com enfermeiras, nutricionistas e psicólogas, sob supervisão de uma equipe de médicos obstetras, que ficam à disposição para ajudar e esclarecer dúvidas. As beneficiárias diagnosticadas com trombofilia são direcionadas para acompanhamento pela equipe especializada em gestação de alto risco.

Para saber mais sobre o Programa Gestação Segura (PGS), clique aqui.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com colaboração do Médico Obstetra de Gestações de Alto Risco Gabriel Passos Magalhães Luzetti.

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

Quero cotar um plano de saúde