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Tratamento para distúrbios do sono

Saúde e Bem-Estar

28 de Julho de 2025

Pessoa deitada com a mão no rosto e o relógio ao lado da cama

Tratamento de distúrbios do sono: Como o Neurologista pode ajudar?

Os distúrbios do sono são problemas que prejudicam a qualidade do sono e a capacidade das pessoas de se sentirem descansadas e com energia. Mesmo com opções eficazes de diagnóstico e tratamento, muitas pessoas ainda demoram para buscar ajuda ou não sabem por onde começar.

Neste artigo, você vai entender como o neurologista atua no diagnóstico e no tratamento dos principais distúrbios do sono e quais sinais merecem atenção.

O que provoca os distúrbios do sono?

Distúrbios do sono são condições que afetam a qualidade, o tempo e a eficiência do sono. Eles são provocados por razões variadas, que envolvem desde hábitos inadequados até problemas de saúde mental.

Quais são os 7 principais distúrbios do sono?

Existem diversos distúrbios que influenciam a qualidade do sono, cada um com suas características. Conhecer os mais comuns ajuda a identificar os sintomas e a procurar ajuda especializada quando necessário. 

1. Insônia

A insônia é um distúrbio caracterizado pela dificuldade em adormecer, permanecer dormindo ou acordar e não conseguir voltar a dormir. Ela afeta o início, o meio ou o final do período de sono e faz com que o corpo não descanse o suficiente.

As causas são diversas, incluindo estresse e ansiedade, depressão, hábitos de sono irregulares, uso de estimulantes, uso de certos medicamentos, dores crônicas, condições médicas, além de fatores ambientais.

A insônia pode ser aguda, durando menos de três meses, ou crônica, quando ultrapassa essa duração e se torna um padrão na vida do indivíduo.

2. Apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio no qual a pessoa tem a sua respiração interrompida e reiniciada várias vezes durante o sono, afetando a noite de descanso.

Existem três tipos principais: apneia obstrutiva do sono, quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam as vias aéreas; apneia central do sono, quando o cérebro não envia os sinais corretos para controlar a respiração; e apneia mista, uma combinação dos dois.

As causas e fatores de risco variam conforme o tipo. Na obstrutiva, incluem obesidade, formato das vias aéreas, idade, consumo de álcool ou sedativos e congestão nasal crônica. Já na central, estão relacionadas a problemas no controle cerebral da respiração, como insuficiência cardíaca congestiva, derrame ou o uso de certos medicamentos.

3. Síndrome das pernas inquietas (SPI)

A síndrome das pernas inquietas (SPI) é um distúrbio neurológico que causa uma vontade irresistível de mover as pernas, acompanhada de sensações desconfortáveis, que incluem formigamento, dor, puxões ou queimação. Esses sintomas pioram durante o descanso, especialmente à noite, o que dificulta o adormecer e a manutenção do sono.

Suas causas estão relacionadas à predisposição genética, deficiência de ferro, insuficiência renal crônica, neuropatia periférica, gravidez (geralmente temporária) e o uso de alguns medicamentos.

4. Parassonias

Parassonias são distúrbios caracterizados por comportamentos anormais que ocorrem durante o sono, próximo ao despertar ou durante a transição entre sono e vigília. Estes eventos envolvem movimentos, falas, emoções ou outras ações não associadas ao sono normal.

Sonambulismo

O sonambulismo é um distúrbio no qual a pessoa anda ou realiza outras atividades enquanto está dormindo, acontecendo durante as fases de sono profundo. Pode ocorrer decorrente de fatores como privação de sono, estresse, febre, uso medicamentos e predisposição genética, e seus sintomas envolvem levantar-se da cama, andar, realizar atividades, falar sem sentido, e manter os olhos abertos com olhar fixo, sem lembranças ao acordar.

Terror noturno

O terror noturno é um episódio de pânico intenso e gritos durante o sono. Ocorrendo em fases de sono mais profundas, é mais comum em crianças, e alguns gatilhos podem ser privação de sono, estresse, febre e interrupções no ciclo do sono. Alguns dos sintomas são gritos altos, choro intenso, sudorese e taquicardia, sem lembrar do episódio ao despertar.

Falar dormindo

Falar dormindo é um distúrbio caracterizado pela vocalização de palavras ou sons durante o sono. As manifestações variam desde murmúrios ininteligíveis até frases completas, geralmente sem sentido. As possíveis causas incluem fatores como estresse, ansiedade, privação de sono, febre, consumo de álcool e até predisposição genética.

Bruxismo (ranger de dentes)

O bruxismo é o hábito de ranger ou apertar os dentes, principalmente durante o sono. Os sintomas são sensibilidade ou dor nos dentes, desgaste do esmalte dentário, dores na mandíbula e de cabeça, incômodos no pescoço e ombros e dificuldade para abrir a boca, e suas causas são diversas, como estresse, ansiedade, desalinhamento dos dentes, distúrbios do sono e uso de certos medicamentos.

5. Narcolepsia

A narcolepsia é um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia e episódios recorrentes e incontroláveis de sono. É comum que venha acompanhada de crises de fraqueza muscular, desencadeadas por emoções intensas Outros sintomas são paralisia do sono, sonhos vívidos e alucinações ao adormecer ou ao acordar.

A causa está relacionada à perda de neurônios que produzem hipocretina, neurotransmissor responsável por regular o ciclo sono-vigília. Fatores genéticos e autoimunes contribuem para o desenvolvimento da condição.

6. Distúrbio do ritmo circadiano

Os transtornos do sono relacionados ao ritmo circadiano ocorrem quando existe uma dessincronização entre o relógio biológico interno e o ambiente externo. Os pacientes geralmente apresentam insônia, sonolência excessiva durante o dia, ou ambos. O diagnóstico é clínico, e o tratamento varia de acordo com a causa.

Síndrome do atraso de fase (comum em TDAH)

É um distúrbio no qual o relógio biológico está atrasado, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade para adormecer em horários convencionais e acordar pela manhã. É comum em adolescentes e adultos jovens, e frequentemente observada em indivíduos com TDAH.

A sua causa é uma desregulação do ritmo circadiano interno, que pode ser genética ou comportamental, e seus sintomas incluem dificuldade para adormecer em horários convencionais, dificuldade para acordar de manhã e sonolência excessiva se acordar cedo.

Jet lag

É uma condição temporária que ocorre quando o corpo precisa se ajustar a um novo fuso horário após uma viagem entre diferentes zonas de tempo. Essa alteração no ritmo circadiano provoca uma desorientação passageira no ciclo sono-vigília, causando sintomas como fadiga, insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade e problemas gastrointestinais.

Transtorno do trabalho em turnos

O transtorno do trabalho em turnos afeta pessoas que trabalham em horários noturnos, em turnos rotativos ou em jornadas irregulares. O corpo tenta se adaptar a padrões de sono e vigília inconsistentes com o ciclo natural, resultando em sonolência quando deveriam estar acordados e insônia quando tentam dormir.

Esse problema é causado pela dessincronização do ritmo circadiano devido a horários de trabalho irregulares, e se manifesta como insônia quando se tenta dormir, sonolência excessiva durante o trabalho, fadiga crônica e dificuldade de concentração.

7. Hipersonia idiopática

A hipersonia idiopática é um distúrbio do sono que se caracteriza por quadros diurnos de sonolência excessiva e incontrolável. Pessoas com o transtorno apresentam dificuldade para se manter acordadas e adormecem a qualquer hora e em qualquer lugar, além de se sentirem desorientadas.

O que causa o sono desregulado?

Diversos fatores interferem na qualidade do sono e comprometem o funcionamento do relógio biológico. Estresse, exposição excessiva à luz artificial, alimentação inadequada e alterações hormonais são algumas causas comuns. Quando esses elementos se acumulam ou se tornam parte da rotina, o sono passa a afetar a saúde.

Estresse, uso de telas, alimentação e alterações hormonais

Hábitos e emoções do dia a dia podem ser empecilhos para uma boa qualidade do sono. O estresse, por exemplo, ativa o estado de alerta do corpo, dificultando o relaxamento necessário para adormecer. A exposição prolongada a telas reduz a produção de melatonina (o hormônio do sono) por conta da luz azul emitida. Já a alimentação desregulada interfere no descanso.

Alterações hormonais, como as que ocorrem na menopausa ou em distúrbios da tireoide, também interferem no ciclo do sono, provocando insônia ou sonolência excessiva.

Quando o padrão de sono vira um problema de saúde?

Um padrão de sono passa a ser um problema de saúde quando interfere na rotina e no bem-estar. Sinais de alerta incluem sonolência diurna constante, irritabilidade, oscilações de humor, queda no desempenho das atividades diárias e o surgimento ou agravamento de problemas físicos. A privação crônica do sono também enfraquece o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável.

Como é o sono no TDAH?

Pessoas com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) enfrentam dificuldades para regular o sono, relatando problemas para adormecer, manter o sono e, em muitos casos, qualidade insatisfatória do descanso.

Relação entre TDAH e dificuldade para dormir

A relação entre TDAH e dificuldades para dormir é complexa, já que muitos pacientes apresentam um ritmo circadiano desregulado. A hiperatividade mental, a dificuldade em desacelerar à noite e a impulsividade contribuem para quadros de insônia.

Além disso, alguns medicamentos usados no tratamento do TDAH, como os estimulantes, podem interferir no sono, tornando fundamental o acompanhamento médico para ajustar dosagens e horários de uso.

Transtornos associados: atraso de fase, insônia e agitação noturna

Pessoas com TDAH frequentemente desenvolvem transtornos do sono associados, como o transtorno de atraso de fase do sono, quando o relógio biológico está atrasado, dificultando adormecer à noite e acordar pela manhã. A insônia é outra condição comum, marcada pela dificuldade em iniciar ou manter o sono. A agitação noturna, com movimentos corporais excessivos ou episódios de sonambulismo, também costuma ser frequente nesses casos.

Como é o tratamento do sono com Neurologista?

O neurologista atua no tratamento de distúrbios do sono, oferecendo uma abordagem que vai desde a identificação precisa do problema até a implementação de soluções eficazes. O processo é planejado para restaurar a qualidade do sono e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente.

Diagnóstico clínico e exames como a polissonografia

O tratamento pelo neurologista começa com um diagnóstico clínico detalhado, envolvendo uma anamnese completa, na qual o médico questiona sobre o histórico de sono, hábitos, uso de medicamentos, histórico familiar e a presença de outras condições médicas.

Em muitos casos, o médico solicitará exames complementares específicos, como a polissonografia. Esse o exame registra a atividade cerebral (EEG), movimentos oculares (EOG), tônus muscular (EMG), fluxo de ar nasal e oral, esforço respiratório, níveis de oxigênio no sangue (oximetria) e batimentos cardíacos (ECG) durante uma noite de sono, fornecendo um mapa detalhado do sono, essencial para diferenciar os distúrbios.

Tratamentos possíveis: medicação, terapia cognitivo-comportamental e higiene do sono

Após o diagnóstico, o tratamento pode ter diferentes abordagens. A medicação é indicada em alguns casos, como insônia crônica ou narcolepsia. A terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) também tem se mostrado eficaz, ajudando a modificar pensamentos e comportamentos que interferem no sono.

O neurologista também deve orientar o paciente sobre práticas de higiene do sono, como manter horários regulares, evitar telas à noite e criar um ambiente adequado para dormir, contribuindo para uma melhora na qualidade do sono.

Plano de saúde cobre tratamento para distúrbios do sono?

O acesso ao diagnóstico e ao tratamento dos distúrbios do sono pode ser feito por meio dos planos de saúde, uma vez que distúrbios do sono são condições médicas reconhecidas.

Consultas com Neurologistas e exames do sono estão incluídos?

Sim, a maioria dos planos de saúde costuma cobrir consultas com neurologistas e exames do sono, como a polissonografia. No entanto, a abrangência dessa cobertura, como número de sessões, tipos de exames e medicamentos incluídos, varia de acordo com cada plano.

Por isso, é essencial consultar a operadora ou o manual do beneficiário para entender os detalhes do contrato. Alguns planos também exigem encaminhamento médico para a realização de exames específicos ou terapias complementares.

Quando buscar ajuda médica por meio do plano?

É recomendado buscar atendimento especializado assim que perceber que o padrão de sono está alterado e comprometendo sua qualidade de vida. Fique atento a sinais como dificuldade persistente para adormecer ou manter o sono, sonolência excessiva durante o dia, roncos altos com pausas na respiração, irritabilidade e dificuldade de concentração.

Não adie a avaliação médica. Muitos distúrbios do sono tendem a se agravar e desencadeiam outras complicações de saúde. Use seu plano de saúde para agendar uma consulta com um clínico geral ou diretamente com um neurologista.

Qualidade do sono é parte do bem-estar neurológico

O sono é mais do que um simples período de descanso, é uma questão de saúde. Manter um sono regular é importante para o funcionamento do cérebro, do corpo e das emoções. Distúrbios do sono não devem ser normalizados ou ignorados, principalmente quando persistem e comprometem a qualidade de vida.

Cuide do sono hoje para evitar complicações no futuro

A prevenção começa com informação e acompanhamento médico de qualidade, então, se o sono deixou de ser reparador, está na hora de buscar ajuda. Conte com a rede de Hapvida, que oferece acesso facilitado a neurologistas e outros médicos, exames especializados e todo o suporte que você precisa. Investir em saúde do sono é investir em mais disposição, equilíbrio emocional e qualidade de vida.

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