“Nesse momento de pandemia, em distanciamento social, não conseguimos abraçar fisicamente as pessoas que amamos, mas já tem alguns estudos mostrando que um abraço virtual também funciona”, conta Adriana. O segredo é adaptar a realidade: embora seja perigoso abraçar pessoas dos grupos de risco ou quem está mais exposto à Covid-19, as demonstrações de carinho não podem parar! “Nós estamos fragilizados por conta desse momento. Não é só o estresse, a ansiedade, mas é a dor, a tristeza, o sentimento de insegurança, do que vai acontecer, as saudades. É uma mescla de sentimento, que muitas vezes não queremos mexer, porque temos que trabalhar, temos que dar conta de todas as responsabilidades”, afirma Adriana.
Em El Salvador, o asilo Jardín de los Abuelitos criou uma cortina de plástico para que os idosos que moram na casa de repouso pudessem abraçar a família de forma segura. Mas, isso não foi exceção: no mundo todo, profissionais da saúde se reinventam para matar a saudade de quem amam – mesmo que usando um plástico e muito EPIs (equipamentos de proteção individuais) como barreira.
Quem mora com a família, precisará de alguns cuidados para abraçar ao chegar em casa – como tomar banho e colocar roupas limpas para não passar impurezas do corpo para a outra pessoa. Já para quem mora sozinho, Adriana ainda indica abraçar um travesseiro usando a capacidade da imaginação para relembrar um abraço em alguém que ama. “Isso pode trazer um momento de paz e emoção, que é o que a gente tá precisando muito nos dias de hoje.”