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A química do abraço: veja como seu corpo reage a essa demonstração de afeto

Para demostrar carinho, comemorar uma vitória, confortar alguém que está passando por momentos difíceis ou só cumprimentar quem você não vê há muito tempo: o abraço está presente em muitos aspectos do cotidiano. Confira no GNDI as reações deste ato de carinho no organismo.

Saúde e Bem-Estar

24 de Março de 2021

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

A química do abraço: veja como seu corpo reage a essa demonstração de afeto

Saúde e Bem-Estar -

Para demostrar carinho, comemorar uma vitória, confortar alguém que está passando por momentos difíceis ou só cumprimentar quem você não vê há muito tempo: o abraço faz parte da nossa cultura e está presente em muitos aspectos do cotidiano. Embora a pandemia tenha causado um distanciamento e o mais seguro no momento seja evitar esse contato físico tão próximo, a psicóloga do Grupo NotreDame Intermédica, Adriana Dantas Jordão, explica que esse ato de afeto proporciona reações fisiológicas e a falta dele pode potencializar o sentimento de solidão. “Mas, precisamos lembrar que o Coronavírus não nos impede de ter contato com as pessoas: podemos abraçar de forma virtual ou de outras maneiras.”

 
 

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Reações do organismo

Adriana conta que o abraço estimula o organismo a responder de forma positiva: “essa troca é tão especial que faz com que nosso metabolismo tenha uma reação fisiológica. Quando abraçamos, é como se nosso coração se juntasse ao de outra pessoa e há uma troca de energia”. Com isso, os batimentos cardíacos ficam acelerados, as respirações ficam sincronizadas e há uma melhora no fluxo sanguíneo e no sistema imunológico. “Por isso que, muitas vezes, a pessoa se sente revitalizada após um abraço”, explica a psicóloga.

E não é apenas para o corpo que o abraço faz bem: a saúde mental também é beneficiada. “O amor, o carinho, estar perto de quem a gente ama melhora tudo, traz a sensação de paz. O abraço é um porto seguro. Ele faz com que saia todas as nossas tristezas e estresses, porque é um momento em que conseguimos, por meio da respiração, relaxar o corpo e a mente e trazer aquele alívio para a alma”. Embora ser abraçado por quem você gosta traga um “sentimento intensificado”, Adriana conta que todo abraço é bem-vindo.

Segundo a especialista, uma prova de que o abraço é milagroso foi a história de dois bebês prematuros em que um deles nasceu com diversas complicações. Quando estava muito debilitado, em estado grave, os médicos o colocaram próximo ao irmão. A resposta do organismo foi quase imediata: os irmãos se abraçaram e pouco mais de cinco minutos depois, o bebê estava estável. “Existe já uma tendência natural de buscarmos essa proximidade, de buscarmos esse contato. O bebê que estava bem transmitiu toda aquela energia para o irmãozinho que estava frágil. Após essa situação, o organismo dele começou a reagir, o batimento melhorou, o fluxo sanguíneo melhorou e todas as respostas foram positivas”, comenta.

Outros jeitos de abraçar

“Nesse momento de pandemia, em distanciamento social, não conseguimos abraçar fisicamente as pessoas que amamos, mas já tem alguns estudos mostrando que um abraço virtual também funciona”, conta Adriana. O segredo é adaptar a realidade: embora seja perigoso abraçar pessoas dos grupos de risco ou quem está mais exposto à Covid-19, as demonstrações de carinho não podem parar! “Nós estamos fragilizados por conta desse momento. Não é só o estresse, a ansiedade, mas é a dor, a tristeza, o sentimento de insegurança, do que vai acontecer, as saudades. É uma mescla de sentimento, que muitas vezes não queremos mexer, porque temos que trabalhar, temos que dar conta de todas as responsabilidades”, afirma Adriana.

Em El Salvador, o asilo Jardín de los Abuelitos criou uma cortina de plástico para que os idosos que moram na casa de repouso pudessem abraçar a família de forma segura. Mas, isso não foi exceção: no mundo todo, profissionais da saúde se reinventam para matar a saudade de quem amam – mesmo que usando um plástico e muito EPIs (equipamentos de proteção individuais) como barreira.

Quem mora com a família, precisará de alguns cuidados para abraçar ao chegar em casa – como tomar banho e colocar roupas limpas para não passar impurezas do corpo para a outra pessoa. Já para quem mora sozinho, Adriana ainda indica abraçar um travesseiro usando a capacidade da imaginação para relembrar um abraço em alguém que ama. “Isso pode trazer um momento de paz e emoção, que é o que a gente tá precisando muito nos dias de hoje.”

Terapia do abraço

Com a pandemia, muitas pessoas estão cada vez mais fechadas em si e nos problemas da vida. Até o “bom dia” é raro nos tempos em que os sorrisos não são vistos. “E o abraço é você estar aberto. Nós temos que estar abertos às relações, às pessoas. É claro que que é difícil, porque todos nós temos as nossas preocupações, estresses e dificuldades. Mas não podemos deixar de abraçar quem está ao nosso redor.”

A especialista conta que aplicava a “terapia do abraço” sempre que fazia palestras nos clientes GNDI: “é muito interessante, porque parece que algumas pessoas nunca tinham abraçado”. Segundo ela, as reações eram sempre inusitadas: certa vez, uma das pessoas da plateia começou a chorar após o ato, dizendo que precisava daquilo, mas não conseguia pedir. “Se você está frágil, os sentimentos vêm à tona, porque é nesse momento que você olha pra você e que você reconhece o que está sentindo”. Todos presentes na plateia se mobilizaram e abraçaram a colaboradora em equipe.

“O abraço consegue transformar aquele momento, aquela dificuldade, aquela tristeza, em uma emoção positiva. Para isso, todo mundo vai ter que colaborar, porque a gente tem que ter segurança e a gente tem que ter proteção”, finaliza a psicóloga.

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração da psicóloga Adriana Dantas Jordão e informações dos sites Revista Crescer e IstoÉ. – acesso em 23/02/2021

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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