Durante a gestação, tudo o que você consome afeta a saúde do seu bebê. E isso vale não apenas para os alimentos. Ao ingerir bebidas alcoólicas, fumar ou usar outras drogas na gravidez, a mãe compartilha estas substâncias com o bebê. Elas podem prejudicar o desenvolvimento no útero, causar danos permanentes e até diminuir as chances de o bebê sobreviver.
Um mito comum sobre o uso de drogas na gravidez é o de que não faz mal beber uma cervejinha ou uma taça de vinho de vez em quando. Mas, mesmo em pequenas quantidades, a bebida durante a gravidez deixa o bebê vulnerável à síndrome alcoólica fetal. As possíveis consequências são déficit intelectual, deficiências físicas e problemas comportamentais.
Por isso, a recomendação é que, se houver a possibilidade de estar grávida ou mesmo se estiver tentando engravidar, você se abstenha do álcool. Assim, se já estiver esperando um bebê e ainda não souber, você não o expõe ao risco de desenvolver a síndrome alcoólica fetal. Mas, se bebeu durante a gestação, nunca é tarde para parar – quanto antes fizer isso, melhor para você e para o bebê.
Além dos problemas que o consumo de bebida alcoólica pode causar, fumar durante a gestação, assim como ser exposta à fumaça de cigarro, torna você mais propensa a sofrer um aborto ou ter um bebê com baixo peso ou prematuro. Posteriormente, a criança tem uma tendência maior a desenvolver outros problemas de saúde, como asma e broncoespasmo.
Entretanto, esses não são os únicos problemas que fumar durante a gravidez pode causar. O cigarro também é um dos fatores de risco para a Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI) – a principal causa da morte de bebês com menos de um ano de vida. A síndrome afeta, principalmente, os meninos e acontece de forma abrupta, sem motivo aparente.
Drogas na gravidez – os riscos das substâncias ilícitas
Maconha – assim como a fumaça do cigarro, a da maconha contém toxinas que reduzem o suprimento de oxigênio para o bebê, o que pode causar um aborto esportâneo ou aumentar o risco de ele nascer prematuro ou com baixo peso. Além disso, o consumo de maconha na gestação pode alterar regiões do cérebro da criança relacionadas às funções cognitivas. Em longo prazo, ela pode desenvolver problemas comportamentais e de aprendizagem.
Cocaína – o uso de cocaína na gravidez aumenta em 25% o risco de parto prematuro. Pode, ainda, provocar outras consequências graves, como aborto espontâneo e separação da placenta no útero. Bebês nascidos de mães que usaram cocaína durante a gravidez também são mais propensos a ter microcefalia, danos cerebrais, problemas neurológicos ou sofrer de outros tipos de defeitos de nascimento. Após o parto, é possível que o bebê tenha sintomas de abstinência e seja mais irritado e agitado. As consequências podem surgir mesmo em uma fase tardia, com maior risco de hiperatividade e problemas de aprendizagem.
LSD – mulheres que usam LSD ou ""ácido"" durante a gravidez correm o risco de ter um aborto ou dar à luz a um bebê com defeitos de nascimento. A criança também pode ter problemas de comportamento, aprendizagem e desenvolvimento emocional. Além disso, por ser uma substância alucinógena, existe a possibilidade do LSD colocar a mãe em situações de risco, o que é perigoso também para o bebê.
Ecstasy (ou MDMA) – em longo prazo, os filhos das mulheres que usaram esta droga durante a gravidez podem ter problemas de memória e aprendizagem.