As trombofilias são um nome abrangente para diversas condições patológicas que aumentam a probabilidade de formação de coágulos. “Isso pode acontecer por alterações genéticas hereditárias, nas quais há modificações nos fatores que regulam o processo da coagulação, ou em situações nas quais o indivíduo passa a fabricar anticorpos que induzem a formação de coágulos em momentos ‘errados’, como na Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípides (SAAF). Em resumo, pessoas com trombofilias têm maior probabilidade de formar coágulos indevidos”, esclarece Gabriel Luzetti.
Na gravidez, o corpo naturalmente e sabiamente aumenta a tendência à formação de coágulos, justamente porque existe um evento no qual a mulher terá alta probabilidade de sangrar: o parto. É uma maneira de o organismo se preparar para formar todos os coágulos necessários para que a gestante não sangre em excesso ao dar à luz.
Mas, o que acontece se uma mulher que tem trombofilia fica grávida? “Nesse caso, a chance de surgir coágulos indevidos aumenta muito. E, quando isso acontece em um vaso sem lesões, ocorre a trombose, que nada mais é do que um coágulo indesejado ‘entupindo’ um vaso sanguíneo, o que provoca sérias consequências para a gestante e para o bebê”, comenta o médico obstetra.