10 dúvidas sobre o Coronavírus ao redor do mundo

A primeira versão do Coronavírus, SARS-CoV-1, foi descoberta em 1937. Por ter uma estrutura parecida com uma coroa quando visto de um microscópio, ganhou o nome ""coronavírus"". Mas o novo Coronavírus, que desencadeou a pandemia mundial atual, foi registrado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China.

Há uma série de teorias sobre o surgimento do novo Coronavírus - a mais aceita pelos cientistas é que veio do morcego, passou por um hospedeiro intermediário, sofreu mutações e foi para os humanos. Isto porque ele é um vírus bem parecido com aquele que os morcegos possuem, mas não passa diretamente às pessoas. Para a teoria fazer sentido, precisa ter um hospedeiro – que carrega o vírus sem ficar doente.

Os principais sintomas do novo Coronavírus são: febre, cansaço, tosse seca, perda de paladar e olfato e alergia na pele. Algumas pessoas contaminadas podem apresentar dores no corpo, dor de garganta, diarreia, congestão nasal, coriza, dores nas articulações, calafrios, náusea ou vômito, tosse com sangue e olhos inchados. Em casos mais graves há dor ou pressão no peito e dificuldade para respirar.

Por possuírem o sistema imunológico mais fraco, idosos, diabéticos, hipertensos e pacientes oncológicos têm mais chances de sofrerem com os efeitos negativos da Covid-19. Pessoas com doenças respiratórias e cardíacas também precisam tomar cuidados redobrados para evitar a infecção, visto que o vírus ataca diretamente os pulmões.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é recomendado realizar o teste do Coronavírus ao apresentar sintomas há pelo menos oito dias. Como há um número limitado de kits, a recomendação do Ministério da Saúde é fazer os exames apenas em casos mais graves.

Os testes RT-PCR são os mais assertivos e servem para confirmar a infecção. Já os testes rápidos (IgM/IgG) servem também para saber se o paciente já foi exposto ao vírus, se ainda pode transmitir ou se desenvolveu anticorpos.

O número de mortes e de pessoas infectadas é atualizado diariamente em uma página da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas pode ser visto também no Google Notícias.

Os principais meios de contaminação pelo Coronavírus são: por gotículas de saliva na fala, espirro, tosse e catarro. Ele pode ser transmitido com o contato próximo entre pessoas ou por superfícies contaminadas. Para prevenir a doença, algumas ações são essenciais:

Higiene

Lavar as mãos corretamente com água e sabão pode ajudar a prevenir diversas doenças. Isto acontece porque a camada de proteção do vírus é feita de gordura e o sabão é capaz de quebrar gorduras.

Distanciamento social

A quarentena, o isolamento social e o lockdown são altamente recomendadas pela OMS para conter a transmissão do vírus. Países de governos que tomaram a decisão de fechar comércios não essenciais e promoveram o distanciamento social mais cedo sofreram menos os impactos do vírus do que aqueles que agiram tarde ou já estão voltando ao normal antes dos avanços cessarem.

Máscaras

Esse acessório obrigatório em diversos estados protege o nariz e a boca da contaminação. As máscaras mais recomendadas são as de tecido, que podem ser compradas ou feitas em casa.

Compras

Antes de guardar as compras nos armários ou geladeiras, é importante higienizar as embalagens com álcool 70% e lavar alimentos com água misturada com água sanitária.

Elevador

Não é recomendado entrar em elevadores com pessoas que não moram na mesma casa.

Segundo dados da pesquisa ""The New England Journal of Medicine"", feita nos Estados Unidos, o tempo de vida do Coronavírus varia de acordo com o ambiente e a temperatura. Segundo o estudo, quanto maior a temperatura, menores são as chances de sobrevida do vírus: no calor de 37 °C ele vive por um dia; em 56 °C por até 30 minutos e menos de 5 em um forno de 70 °C. Ele pode ficar no ar em um ambiente fechado por até três horas e sobreviver em temperaturas ambientes por até sete dias.

A pesquisa mostra também o tempo em que o vírus fica em algumas superfícies: em papéis, o SARS-Cov-2 pode ficar por até três horas; em cobre por até quatro horas; em papelão por um dia; em roupas por até dois dias e em plástico por até três; já em aços inoxidáveis e máscaras cirúrgicas, pode durar até uma semana.

Por enquanto, não há um remédio específico que cure o Coronavírus. Em casos mais leves, o paciente pode melhorar dentro de uma semana a duas com recomendações simples, como descanso, alimentação rica em vitaminas, ingestão de líquido e remédios para tratar os sintomas - analgésicos para dores e antitérmicos para febres.

Já em casos mais graves pode demorar até oito semanas. Quando há dificuldade para respirar, o paciente pode precisar ficar internado para receber oxigênio e administração de medicamentos caso haja uma inflamação no órgão. Isso acontece porque o corpo trabalha de forma exagerada para eliminar o vírus - o custo é uma série de efeitos colaterais.

Ainda não se sabe quando o Coronavírus vai acabar ou se será controlado com vacinas anuais como a gripe. O mais certo é que pandemia acabará quando houver uma imunização de rebanho, ou seja, quando grande parte da população desenvolver os anticorpos para combater a doença. Isso acontece com a distribuição da vacina contra a Covid-19.

Há uma série de candidatas à vacina na corrida contra o Coronavírus. Algumas estão em estudos pré-clínicos, fazendo testes em animais; outras estão na última fase de testes em humanos, comprovando a eficácia da fórmula. As previsões é de que fiquem prontas entre o quarto trimestre de 2020 e o segundo semestre de 2021.