Hipertensão atinge 32,5% dos brasileiros
Nas Oficinas de Saúde do GNDI, especialistas deram dicas sobre como manter-se fora das estatísticas
Mais saúde ao seu coração, com foco em hipertensão arterial – ou pressão alta, como é mais conhecida –, foi o tema das Oficinas de Saúde realizadas em 1o de agosto, em todas as Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida do Grupo NotreDame Intermédica. Em São Paulo, a palestra foi ministrada pelo médico cardiologista Dr. André Soares Maria. “A hipertensão arterial nos dias atuais, pelos altos índices de incidência apresentados, pode ser considerada uma epidemia. No Brasil, a doença já atinge 32,5% da população adulta e 60% dos idosos”, destaca o especialista, lembrando que a pressão alta é a mais prevalente entre as doenças cardiovasculares.
O que é pressão arterial
O coração é o órgão responsável por bombear o sangue que circula em nosso organismo, e Pressão arterial é a força que o sangue exerce sobre as paredes e os vasos. Dr. André explicou que a pressão máxima – ou pressão arterial sistólica – corresponde ao valor medido no momento em que o ventrículo esquerdo do coração bombeia uma quantidade de sangue para a artéria aorta. A pressão mínima – ou pressão arterial diastólica –, por sua vez, corresponde ao momento em que o ventrículo esquerdo volta a encher-se para retomar todo o processo de circulação sanguínea.
É considerada pressão alta – ou hipertensão arterial – casos em que a medida da pressão do paciente é igual ou maior que 140 x 90 mmHg. Se a pessoa apresenta esse quadro de modo persistente, seja na pressão arterial diastólica ou na sistólica, pode ter desenvolvido de maneira crônica a hipertensão arterial. Precisa, portanto, ser acompanhada pelo médico e tratada por toda a vida.
Doença assintomática
Entre os sintomas que indicam uma possível hipertensão arterial estão: cefaleia, tontura, visão turva, dor no peito e zumbido no ouvido. No entanto, na maioria dos casos, a doença é assintomática. “Não podemos esperar que o paciente tenha sintomas para diagnosticar a doença”, afirma Dr. André Soares Maria
Se diagnosticada a hipertensão arterial, o paciente deve seguir rigorosamente o tratamento indicado por seu médico. Em geral, é realizado com medicamentos e recomendações de como evitar, por exemplo, o consumo de alimentos industrializados, bebidas que tenham cafeína (café, chá mate e chá preto), dar preferência a temperos naturais e, no caso das carnes, optar pelas formas de preparo mais saudáveis, como assados, cozidos, grelhados e ao vapor.
Prevenção
Estar vigilante em relação à pressão arterial é fundamental, pois a hipertensão não tratada é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Igualmente importante é adotar hábitos de vida saudáveis que diminuem o risco de desenvolvimento da doença. São eles:
- Prática regular de atividade física, de acordo com orientação médica;
- Redução do consumo de álcool – se possível, não beber;
- Não fumar;
- Alimentação saudável: pouco sal, sem fritura e muitas frutas, verduras e legumes;
- Evitar o estresse – tenha tempo para a família, os amigos e o lazer; e
- Manter o peso ideal, evitando a obesidade.
A opinião de quem esteve no evento
“Sou estudante de psicologia e estagiária em uma das unidades QualiVida. Saber mais sobre hipertensão arterial é muito útil para mim, pessoalmente, e também para meu dia a dia profissional, porque orientamos os pacientes sobre cuidados com a saúde.”
Gabriela de Farias Souto, estagiária
“Venho em todas as Oficinas de Saúde. Conheci a iniciativa porque faço tratamento na Unidade de Medicina Preventiva. Foi graças ao acompanhamento da equipe multidisciplinar que me livrei da obesidade, diabetes e hipertensão. Além de conhecimento, todos os profissionais da equipe se destacam pelo carinho dado a cada paciente.”
Simone Rocha, beneficiária
“Gostei muito da palestra. Acho importante cuidar da saúde para evitar doenças e, para isso, é preciso estar informado. Foi por isso que decidi participar das Oficinas de Saúde. Em meu dia a dia, por exemplo, mantenho bons hábitos alimentares.”
Gerson Batista Nascimento, beneficiário
“Fiquei sabendo sobre o evento por intermédio de um folheto que me foi entregue durante uma consulta médica. Não tenho hipertensão e saio daqui com informações para prevenir a doença.”
Olívio Guimarães, beneficiário
