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Fumar pode aumentar as chances de complicações pela Covid-19

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicou uma nota baseada em estudos chineses mostrando que fumantes e pessoas com histórico de tabagismo têm 14 vezes mais chances de evoluir para quadros graves ao contrair o Coronavírus do que quem não fuma.

Saúde e Bem-Estar

18 de Junho de 2020

Imagem referência Blog da Saúde NotreDame Intermédica

Fumar pode aumentar as chances de complicações pela Covid-19

Saúde e Bem-Estar -

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicou uma nota baseada em estudos chineses mostrando que fumantes e pessoas com histórico de tabagismo têm 14 vezes mais chances de evoluir para quadros graves ao contrair o Coronavírus do que quem não fuma. Isto porque o cigarro aumenta o risco de infecções bacterianas e virais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo – o hábito de fumar mata mais de sete milhões de pessoas por ano. Além de agravar casos de Covid-19, o tabagismo pode causar doenças pulmonares e cardiovasculares, e até mesmo alguns tipos de câncer. Para diminuir este número, a OMS criou, em 1987, o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.

 
 

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Por que parar de fumar?

Fumantes estão no grupo de risco quando o assunto é Coronavírus e, por isso, devem tomar cuidado redobrado – assim como idosos, hipertensos, diabéticos, cardíacos e pessoas com doenças respiratórias. Isto porque os cigarros enfraquecem o sistema imunológico e ainda estão ligados a infecções pulmonares, como enfisema pulmonar e bronquite crônica.

Mas não é só isso: as chances de desenvolver câncer de pulmão para fumantes leves – que fumam de um a nove cigarros por dia – são seis vezes maiores do que para pessoas que não fumam. Neste caso, as chances de contrair doenças não estão só contra os fumantes, mas também quem convive com eles. Fumantes passivos têm 30% de chances de desenvolver câncer, mesmo não fumando; em crianças, o risco de doenças respiratórias é de 50%.

Por outro lado, ficar longe do tabaco por três semanas pode resultar em uma melhora na respiração e na circulação. Um ano sem fumar diminui pela metade o risco de morte por infarto do miocárdio.

Como parar de fumar?

Fumar é um hábito aprendido e sempre vem junto a outras manias. Por exemplo, algumas pessoas fumam quando tomam café; outras quando tomam bebidas alcóolicas; há ainda quem faça isso na pausa depois do almoço. O primeiro passo para parar de fumar é descobrir quais são os gatilhos, e evitá-los.

Outra dica válida é tomar água bem gelada ou mascar uma folha de hortelã, um cravo ou gomas de mascar. Atividades físicas também podem ser boas substitutas – e muito mais saudáveis – para proporcionar bem-estar e distração.

Parar de fumar não é tarefa fácil, mas abandonar o tabaco traz benefícios em curto prazo. Para quem fuma há muito tempo pode ser ainda mais difícil – alguns medicamentos podem ajudar com os sintomas da abstinência, que dura de duas a quatro semanas. Mas, o ideal é que este não seja o único tratamento.\

As terapias contra o tabaco mais indicadas são aquelas que promovem a desconstrução de práticas vinculadas ao ato de fumar e são feitas por meio de intervenções cognitivas, ou seja, mudanças nos pensamentos e treinamentos comportamentais.

Mudança de hábitos

A quarentena e o distanciamento social possibilitaram uma mudança de rotina antes inimaginável. A conexão com outras pessoas, a alimentação, a saúde mental ou trabalhar em home office são aspectos que têm trazido grandes desafios. Todos precisaram se adaptar às mudanças para preservar a saúde. O lado bom de tudo isso é que, construindo uma rotina do zero, parar de fumar pode ser mais fácil.

Incluir exercícios físicos no cotidiano em casa  pode ser uma boa maneira de fazer isso. Uma dica é se inscrever em canais do YouTube que tenham uma proximidade com o objetivo e gosto ou baixar aplicativos com atividades físicas. O canal do GNDI, por exemplo, tem uma playlist, o Saúde em Casa, com muitos vídeos de  ioga, ginástica e fortalecimento muscular.

Neste momento é importante também criar uma rede de apoio virtual, como falar com amigos, familiares, profissionais ou até com grupos em que todos estejam focados em parar de fumar. Buscar atividades prazerosas, como ler, assistir filmes, cozinhar, pintar, dançar ou escrever também são ações que podem ajudar a passar o tempo e distrair a mente da vontade de fumar.

Narguilé e cigarro eletrônico

Não é só o cigarro comum que merece atenção quando o assunto é saúde. O narguilé, uma espécie de cachimbo d’água, tem chances altíssimas de transmitir doenças infecciosas – inclusive o Coronavírus. Isto porque a atividade geralmente é feita em grupo: a mesma mangueira é passada de pessoa para pessoa, que compartilham a mesma piteira, colocando-a na boca. Quando fazem isso, alguns fumantes costumam tossir nas mangueiras. A umidade – tanto da fumaça, quanto da água da base – propiciam ainda mais a sobrevivência de possíveis vírus e bactérias. Além disso, uma rodada de uma hora produz fumaça equivalente ao consumo de cem cigarros.

Já os cigarros eletrônicos (ou vapers) têm os mesmos efeitos que o cigarro normal, mas, como liberam mais fumaça, podem causar danos maiores nos pulmões. Além disso, quem inalar a substância também corre riscos de apresentar doenças respiratórias.

 

Referências

Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com informações do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Estadão e G1. – acesso em 26/05/2020

 

Responsável pelo Conteúdo:

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica

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