Os cuidados com a visão do recém-nascido devem ter início já na gestação. A realização do pré-natal evita doenças como a rubéola, toxoplasmose, sífilis e outros problemas que podem comprometer a visão da criança.
A Agência Internacional de Prevenção de Cegueira, ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, pelo menos, 100 mil crianças têm alguma deficiência visual e 33 mil crianças brasileiras que são cegas por doenças oculares, poderiam ter evitado esta condição se tivessem sido tratadas precocemente.
O teste do reflexo vermelho, também chamado de Teste do Olhinho, deve ser realizado ainda na maternidade em todos os recém-nascidos. É um teste simples, mas capaz de identificar alteração do reflexo de luz no fundo de olho, permitindo detectar precocemente casos de catarata, glaucoma congênito, má formação ocular ou ainda qualquer doença ocular congênita que cause opacidades de córnea, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares importantes ou hemorragias vítreas.
No caso de crianças em idade escolar, os pais podem contar com a ajuda dos professores para identificar dificuldades visuais. Sinais como franzir a testa, dores de cabeça frequentes e desinteresse na leitura e na escrita devem ser analisados com cuidado.
Não há uma regra quanto à idade mínima para levar a criança ao oftalmologista. O recomendável é examinar a criança com 4 e 6 anos, ou a qualquer momento, se for detectada alguma anomalia nos seus olhos. Se os pais tiverem problemas oculares como estrabismo, grau alto de óculos ou visão baixa, os exames devem ser feitos nos primeiros anos de vida.